Após superar a perda do
vocalista Fábio Frazão (morto em 2013), eis que o Pray For Mercy retorna com
seu segundo trabalho. Com Bruno Tortorello e Gustavo Oliveira estreiando nos
vocais e teclados respectivamente, o septeto mostra um salto incrível de
qualidade em relação ao primeiro álbum, que já era excelente.
Mantendo sua linha
Deathcore, o grupo adicionou mais brutalidade, mais técnica, mais qualidade e
uma melhor produção em “In Absentia” (mérito no último quesito ao renomado
Adair Daufembach), o que seja a ser algo natural em termos de evolução.
Impressiona a
intensidade das composições que têm letras cantadas em português e chegam a
aumentar o batimento cardíaco do ouvinte. Peso, muito peso e uma dose extra de
melodia acompanham as músicas que possuem andamentos variados, além de uma dose
homeopática de ‘groove’.
Tortorello se entrosou
bem com Otávio Augusto e a alternância de vocais guturais com vocais rasgados
continua sendo uma das marcas registradas da banda. O trabalho de guitarras é
denso, com peso na medida certa e os solos continuam aparecendo pouco, sendo
que a cozinha dá todo clima tenso ao disco.
A novidade de “In
Absentia” fica por conta das camadas de teclados. Sinistras e maléficas, elas
trazem um clima sombrio às músicas e caíram muito bem. Sem sombras de dúvidas o
Pray For Mercy serve de exemplo para muitas bandas que investem em um Metal
mais moderno na atualidade, afinal provam que é possível soar atual sem soar
piegas. Matador!
8,5
Vitor
Franceschini
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