Conhecendo diversos
nomes do Metal extremo oriundos da Colômbia, jamais poderia imaginar uma banda
deste quilate vindo das terras do café. Afinal, o que temos em mãos é um disco
de uma banda experiente (este é o segundo álbum) que se envereda por uma
sonoridade, de certa forma, complexa.
O quinteto de Bogotá
adota as linhas do Rock/Metal progressivo para destilar suas composições de
forma magistral. Portanto, o que encontramos aqui é uma música bem feita, com
técnica bem apurada – mas não exagerada – e que consegue fugir da burocracia
que atinge o estilo.
O bom gosto permanece
em praticamente todo o álbum, tendo guitarras suaves, mas que possuem seu peso
e encaixam solos belíssimos, uma cozinha precisa com os andamentos versáteis e
camadas magistrais de teclados, fundamentais ao estilo proposto.
O mais importante é que
estamos diante de uma banda que prioriza o conjunto da obra e em momento algum
deixa o individualismo passar por cima do resultado final das músicas. Isso
mostra que investir no Progressivo de tal forma compensa e torna o gênero,
muitas vezes rejeitado pelo público menos exigente, mais acessível e
interessante.
Não podemos deixar de
mencionar o vocalista Andrés Ramírez que possui uma belíssima voz que se
encaixa perfeitamente na sonoridade da banda. Um dos maiores trunfos do The
Brainwash Machine sem dúvidas é conseguir aliar influências do Rock Progressivo
setentista com a modernidade do estilo atual, o que gera composições atemporais
como I Live in fear, Spellbound, Animal Obsession e a instrumental Ex-I. Trabalho excelente.
8,5
Vitor
Franceschini
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