sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Def Leppard – “Def Leppard” – 2015 – Ear Music (Nacional)

Décimo primeiro disco de estúdio do Def Leppard. Apesar dos 36 anos de estrada, a banda até que gravou pouco material inédito, mas sempre esteve em cena e lançou dezenas de trabalhos em outros formatos, como ao vivo, coletâneas... Isso sem contar os ‘piratões’ por aí.

Quem conhece sabe que a banda de Joe Elliot e cia. é ‘tripolar’, afinal começou na New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM), se tornou um dos ícones do Hard Rock ‘farofa’ mundial e se enveredou sem dó pro lado comercial Pop. Fato é que sempre foram competentes, apesar de não acertarem a cesta há quase quinze anos.

Neste primeiro álbum auto-intitulado a banda surpreende e retorna aos seus tempos áureos como se fosse logo ali. E, o mais surpreendente é como a banda conseguiu conectar isso com os tempos atuais e não soar datada. Praticamente tudo, toda característica da banda está neste álbum, até mesmo as mancadas de outrora.

A primeira faixa Let's Go chega e já parece um clássico da banda, isto é, parece que os caras se ‘coverizaram’ e não é posto isso de forma pejorativa, muito pelo contrário, a composição chama logo para embarcar no disco que é de ótima qualidade. A segunda faixa, Dangerous, mantém a pegada, enquanto das seis primeiras faixas, apenas Man Enough destoa das demais, mas mesmo assim é uma ótima música com pegada Soul/Funk e um baixo de dar gosto.

A balada We Belong dá um descanso e mostra-se belíssima, parecendo uma trilha de algum filme dos anos 80. Em seguida Invincible e Sea of Love trazem o pique de volta e terminam esse início arrasador do disco. Depois, “Def Leppard” cai um pouco de ânimo, mas não pela falta de energia e sim de ‘feeling’, destacando apenas a pesada Broke 'n' Brokenhearted e a balada acústica Last Dance.

Confesso que já não esperava que o Def Leppard gravaria um disco tão característico e legal como antes. Afinal, há uns 20 anos a banda não investia em algo ‘Hard’ de verdade e com tanta energia. Com certeza “Def Leppard” marca um retorno, mas não soa forçado. E o melhor de tudo? O selo brasileiro Shinigami Records vai distribuir o trabalho por aqui.


8,5

Vitor Franceschini


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