quarta-feira, 25 de novembro de 2015

D’Hanks – “Veredicto” – 2014 – Independente (Nacional)

Você lê o release do D’Hanks e tira uma conclusão: a música underground no Brasil não é o Metal, é a música boa. O por quê? Porque a banda foi fundada em 2003, gravou três álbuns, possui diversos prêmios e tocou pelo eixo Rio-São Paulo (a banda é de Volta Redonda/RJ), além de fazer uma música excelente, e não está na grande mídia.

Bom, mesmo não sendo nada mais do que óbvio o dito acima, vamos ao que interessa que é dar uma destrinchada neste terceiro disco do quinteto fluminense. E o que temos em mãos é um material de muito bom gosto, equilibrado e de músicos que realmente sabem aonde pisam.

A banda opta por cantar em português e investe em letras de cunho pessoal e reflexivas (às vezes soam ate melosas, mas a maioria são bem interessantes). É curioso notar como o português tem uma acentuação pop quando cantado de forma mais suave, afinal o D’Hanks conta com Angélica Ribeiro no vocal que possui um timbre belíssimo que segue a linha de divas como Elis Regina (sim, imagine se a rainha ‘brazuca’ cantasse Rock, mas guardadas suas devidas proporções), tendo como característica própria um ar imponente e mais agressivo.

O instrumental tem uma dose bem medida de peso que transita desde o Rock, passando pelo Hard Rock com um pé no Metal (temos até guitarras gêmeas), mostrando uma técnica apurada dos músicos e um ótimo senso de melodia. Tudo bem produzido, com timbre e captação dos instrumentos excelentes, além de arranjos de muito bom gosto.

Deixa Fingir (bem Metal essa), o primeiro single Ressurgir, a balada pegajosa Nova Solidão, Invisível (cantada pelo guitarrista Rogério – que manda muito bem por sinal) e a faixa título são os destaques. Nesta versão que recebemos ainda há duas faixas bônus que mantém a pegada do trabalho. Ainda há vídeos como bônus em arquivo Adobe Flesh Player, o que é mais um ponto positivo pela divulgação mássica do trabalho! O fato é que o D’Hanks é uma banda muito legal e consegue fazer algo acessível e agradável.


8,5

Vitor Franceschini


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