quinta-feira, 24 de março de 2016

Fleshgod Apocalypse – “King”

(2016 – Nacional)

Nuclear Blast/Shinigami Records

Os italianos do Fleshgod Apocalypse chegam ao seu quarto disco como os maiores expoentes do Metal extremo de seu país na atualidade. Porém a banda vai muito além da extremidade e alia-se à modernidade e a elementos sinfônicos que tornam seu som pomposo e cheio de grandiosidade.

Definitivamente o grupo não é mais aquela banda técnica e melódica de Death Metal e hoje soa praticamente inrotulável. Na temática, optaram por utilizar o medo e a corrupção dos seres humanos, e como isso afeta toda a sociedade. A banda sabe soar metafórica e abordar tais assuntos com muita habilidade.

Voltando à sonoridade, temos uma banda extremamente moderna. Não, o grupo não se utiliza de sonoridades mecânicas, mas aproveita o que tem de melhor na tecnologia soando em alguns momentos até envernizado demais. O fato é que optam por tais recursos e os encaixam bem à sua proposta.

O mais importante é que a banda não deixa de soar agressiva e investir no peso é um dos princípios, afinal ouvimos riffs bem encaixados, uma bateria extremamente técnica seguida por um baixo que não deixa buracos. Falando em buracos, a banda nunca demonstrou tanto incremento nos arranjos que soam clássicos, épicos, eruditos e operísticos, causando uma pompa magistral ao disco e contrastando perfeitamente com a agressividade.

O trabalho vocal também teve atenção especial, há gutural, passagens quase limpas e coros eruditos, além das passagens belíssimas a cargo da soprano Veronica Bordacchini. Destaque para as faixas In Aeternum, Cold As Perfection e para a sequência impressionante de And the Vulture Beholds, Gravity, A Million Deaths e Syphilis, além é claro da belíssima peça de piano que dá nome ao disco e encerra o trabalho. Grandioso!


8,5

Vitor Franceschini


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