quarta-feira, 22 de junho de 2016

Deep Purple – “Live In Long Beach 1976”

(2016 – Nacional)
                                           
Shinigami Records                  

A gravadora brasileira Shinigami Records, em uma parceria com a Ear Music, traz mais um trabalho de um grande nome (clássico na verdade) do Rock mundial, o Deep Purple. Lançamento que é o terceiro, se contarmos os CD’s e DVD’s “...to the Rising Sun (In Tokyo)” e “From the Setting Sun… (In Wacken)”, lançados em 2015 e aqui neste ano.

“Live In Long Beach 1976” traz a MK IV (nome dado as formações do grupo) que contava na época com David Coverdale (vocal), Tommy Bolin (guitarra), Glenn Hughes (baixo/vocal), Jon Lord (teclados) e Ian Paice (bateria). O disco ao vivo comprova que talento sempre foi ‘fichinha’ para o Purple.

Duplo, o trabalho traz um Deep Purple mais jovial e despojado (com certas doses lisérgicas), em uma apresentação que muda os integrantes, mas mantém o contexto de uma banda que sempre soube dosar bem seu Rock and Roll, além de demonstrar que há mais de 40 anos (quase 50) faz shows memoráveis.

A apresentação obviamente gravada em Long Beach, Califórnia, traz todos os trejeitos do grupo, que na época ganhou força nas linhas vocais, afinal Coverdale e Hughes são cantores de mão cheia. Mas, pensa quem acha que o grupo perdeu com Bolin (que teve passagem rápida) se engana. O guitarrista (falecido exatamente em 1976, vítima de overdose) destila técnica e ‘feeling’, sendo que somou e muito ao grupo.

Aliás, as performances de Lord e Paice dispensam comentários, pois é sabido e muito do talento destes dois monstros. Fato é que o trabalho traz uma apresentação bacana, com produção de qualidade e empolgante (com exceção das típicas ‘embramações’ instrumentais e improvisos em demasia da banda), onde clássicos como Burn, Lazy e Stormbringer arrepiam.

Sim, temos Somke On The Water (que fica muito fera com o duo Coverdale/Hughes) e Highway Star, duas vezes ainda, já que o bônus fica por conta de três composições do ‘Live In Springfield 1976’ e elas estão entre estas. Mais um disco de colecionador, porém acima de tudo amante do Rock clássico.


8,0


Vitor Franceschini

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