(2016 – Nacional)
Voice Music
O maior ‘blueseiro’ da
atualidade retorna, após o ótimo álbum “Different Shades Of Blue” (2014),
trazendo temáticas e características usuais do estilo e mesmo assim mantendo
sua qualidade intacta. Afinal, Joe Bonamassa é um exímio músico, principalmente
guitarrista e canta quase tão bem quanto toca.
“Blues of Desperation”,
seu décimo primeiro álbum de inéditas, traz mudanças na execução e utilização
de equipamentos (aqui Joe usa amplificadores Fenders ao invés dos tradicionais
Marshalls), mas mantém sua fórmula de maneira impecável, inclusive soando mais
versátil.
O Blues tradicional (é
claro) se faz presente massiçamente, com a pegada do Blues Rock e algumas
incursões de Country e Soul aqui e ali. Impressiona como essa mescla soa
prazerosa de se ouvir e como Bonamassa faz isso com maestria, mostrando o que
realmente é boa música, até mesmo para leigos no estilo.
Com uma produção
perfeita (ou ao menos que beira essa perfeição) de Kevin Shirley, a variedade
nas composições não se restringe somente a gêneros e/ou ritmos alternados, mas
sim nos climas que trazem momentos mais alegres, outros mais reflexivos, alguns
sombrios e outros até agressivos. Tudo tendo o guitarrista mais objetivo, se
utilizando de mais riffs e não perdendo-se (nunca!) em individualidades
mirabolantes.
Cantando como nunca,
Bonamassa mostra faixas de destaque como This
Train que abre o disco soando com um hit imediato, o Blues progressivo da
longa e sensacional No Good Place For The
Lonely, além da acessível The Valley
Runs Low como grandes resumos desse que é um de seus melhores discos, sem
dúvidas.
9,0
Vitor
Franceschini
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