quarta-feira, 6 de julho de 2016

[maua] – “Unconscience”

(2016 – Nacional)
                                        
Independente

Finalmente debutando com um álbum completo, estes sergipanos chegam para estourar tímpanos com seu Death Metal que foge um pouco dos padrões atuais. O que foi prometido com o EP “Conscience”, isto é, qualidade acima da média, se confirma em “Unconscience” e mostra uma banda no caminho certo.

Seguindo o tema do EP, o novo álbum mostra a banda com todas suas características, porém mais lapidada e da melhor forma: naturalmente. Seu Death Metal é diferenciado, pois não mantém o leque fechado e se alia a levadas com muito ‘groove’, fazendo com que a sonoridade da banda soe atual.

Pesada e agressiva como sempre se mostrou, a banda mostra estar ainda mais técnica, porém não deixa tal fator se sobrepor sobre o ‘feeling’, o que é fundamental. Em “Unconscience” nota-se também que o grupo adotou certa dose de melodia que se encaixou perfeitamente com sua proposta, principalmente pelo equilíbrio emanado.

Não é preciso dizer que o trabalho de guitarras é primoroso e a cozinha comanda levadas com quebradas e alternâncias muito bem desenvolvidas, mesmo soando insanas. Ainda também é desnecessário comentar que Érico Groman berra e urra com tanto entusiasmo que sacar as letras é um mero detalhe.

O conjunto da obra de “Unconscience”, que tem uma embalagem digipack de primeira e uma arte brilhante do artista indiano Sajid Wajid Shaikh, é o que vale à pena. Além de tudo, a produção a cargo de Marcel Menezes também é imprescindível, com qualidade acima da média. Portanto, é um dos melhores discos do ano, sem pestanejar.


9,0

Vitor Franceschini


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