(2016 – Nacional)
Independente
Na verdade, “Sons of
Fire” não é o mais novo trabalho do Crushing Axes, ‘one-man-band’ capitaneada pelo
multi-instrumentista Alexandre Rodrigues. Esse disco é o penúltimo da longa
discografia, mas que teve pouca divulgação em relação aos outros, mas não se
sabe por quê.
Com certeza não por ser
um disco sem graça e muito menos ruim. Afinal, o trabalho traz toda a
característica que Rodrigues lapidou durante quase dez anos, além de trazer
suas propriedades individuais e de soar (como um todo) bem acima da média.
Neste trabalho, o
músico continua mantendo uma pegada mais direta, só que adotando uma dose
levemente maior de melodia e maior versatilidade nas guitarras, o que pode se
comprovar de vez na faixa Aberration
Ictus, que tem até uma levada meio abrasileirada no ritmo. Dedilhados e
linhas de baixo mais intensas também são grandes diferenciais do trabalho.
Porém, “Sons of Fire”
não foge muito do que o Crushing Axes vem propondo nos últimos anos. É claro
que, assim como há evolução no último disco em relação a este, o álbum soe
superior em vários aspectos em relação aos seus antecessores, mais diferenciado
no quesito pegada.
O que não há aqui é o
experimentalismo de outrora, deixado de lado há alguns anos pelo músico. Um
pouco homogêneo demais, “Sons of Fire” soa quase comum, não fosse a pegada bem
característica do Crushing Axes (que já é um diferencial em si) e as palhetadas
insanas do trabalho. Acima da média.
8,0
Vitor
Franceschini
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