(2017 – Nacional)
Shinigami Records
Um dos pilares do
Thrash Metal mundial, o Kreator se enveredou por vários caminhos sem nunca
perder sua essência. Sempre houve burburinho ao redor da banda, mas
conservadorismo há em todo lugar e é fato que nunca fizeram nada de ruim em
seus 35 anos de carreira.
“Gods of Violence” é um
disco que não vai escapar, aliás, já há ‘chiados’ em torno dele, mas não vai
escapar das almas infelizes. Azar, afinal de contas o disco traz o Thrash Metal
furioso dos alemães se aliando a novos elementos e a dose extra de melodia, que
com certeza foi o motivo dos narizes torcidos.
Um disco imponente, o
novo trabalho traz a banda mais entrosada do que nunca – bem pudera, afinal são
mais de 15 anos de estabilidade da formação. Com um primoroso trabalho de
guitarras e imprimindo um dinamismo que empolga, as composições são de fácil
assimilação, porém de execução intrincada.
A cozinha precisa dá a
tônica nos ritmos insanos e agressivos das músicas, músicas essas de fortes
refrãos (praticamente todas), mostrando um Kreator versátil sem perder a
identidade. Tudo com uma produção moderna e equilibrada de Jens Brogen
(Sepultura, Amon Amarth).
Difícil e complicado
destacar as faixas, mas World War Now,
Satan Is Real, Totalitarian Terror, Gods of Violence, Hail to the Hordes
(com uma ótima incursão de gaita de fole) e a atípica Side by Side – onde Mile canta com vocal limpo em cima de um ótimo
dedilhado – são as que chamam atenção de início, além da homenagem Fallen Brothers, que celebrou os
diversos ídolos do Rock/Metal que já se foram em seu videoclipe.
Vale lembrar que a
temática é baseada em cima da evolução da maldade do ser humano, inspirada
pelos atos de terrorismo e o caos mundial, e traz ainda mais conteúdo ao disco.
Tudo isso mostrando que a banda soube encaixar bem demais os temas às músicas e
vice-versa, afinal, apesar da melodia imposta, as composições soam tensas.
Mas, não acabou não. A
versão nacional traz um DVD com apresentação da banda no Wacken em 2014.
Tocando em casa, o show mostra uma banda que faz jus ao que conquistou durante
todos os anos de carreira, energia e um repertório abrangente na medida do
possível, já que o tempo é menor por ser um show em um festival. Com filmagem e
som de qualidade, o trabalho é um bônus e tanto. A embalagem digipack
luxuosíssima mostra que a coisa foi lançada aqui seriamente. Essencial.
9,0
Vitor
Franceschini
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