(2017
– Nacional)
Heavy
Metal Rock
Talvez o Patria seja o
nome do Black Metal nacional mais consistente atualmente dentro do estilo e que
mais soa ‘globalizado’, se é que o leitor me entende. Se não entende, diga-se
que o grupo é aquele tipo que sai um pouco das tradições do estilo no Brasil e
soa tão bombástico e intenso quanto às bandas gringas.
Quem quiser levar pelo
lado pejorativo pode ficar à vontade, mas há um diferencial entre o Black Metal
feito para os portes internacionais em relação àqueles que preferem se manter
no underground, o que não define qualidade, mas sim um estilo diferenciado,
como cuidado na produção geral e profissionalismo, por exemplo.
Mas, voltando a “Magna
Adversia”, sexto trabalho do grupo gaúcho, temos em mãos uma obra prima do
estilo, que consegue trazer equilíbrio em vários quesitos. O primeiro a chamar
atenção é a produção. A cargo da banda e com co-produção de Øystein G. Brun
(Borknagar), a sonoridade consegue soar ríspida como o estilo pede, porém
atual, mostrando uma ‘contradição’ que caiu como uma luva à proposta.
Já as composições trazem
um clima totalmente caótico, carregado e com prioridade na velocidade, porém
não fugindo de uma melodia apocalíptica, angustiante, que causa certa
inquietude no ouvinte. Isto é, elementos fundamentais para um estilo que tende
a ir contra padrões e incomodar a humanidade.
A variação rítmica e o
peso também mostram dosagem na medida certa, sendo que o trabalho pode soar
odioso e compreensível ao mesmo tempo, neste último caso para os fãs de outros subgêneros
do Metal é claro. As composições não poderiam ser diferentes, todas, além de se
completarem, não se sobrepõem, obrigando o ouvinte a cultuar o disco por
inteiro, pois as dez faixas mostram qualidades imprescindíveis. Que disco!
9,0
Vitor
Franceschini
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