quinta-feira, 27 de julho de 2017

ELF – “Carolina County Ball”

(1974 / 2017 – Relançamento – Nacional)
                                               
Hellion Records                

Em primeiro lugar, para quem ainda não ouviu este álbum, é algo obrigatório principalmente para os fãs de Ronnie James Dio, a maior voz da história do Heavy Metal. Afinal, apesar do ELF não ser sua primeira banda como muitos dizem (Vegas Kings e Ronald and The Rambles são algumas das que vieram antes, por exemplo), trata-se de sua primeira empreitada realmente de expressão.

Após tocar baixo e cantar no primeiro disco da banda, o auto-intitulado “ELF”, Dio aparece aqui apenas como vocalista e já com seu nome artístico, lembrando que o saudoso ‘baixinho’ utilizou Ronald Padavona no debut.

“Carolina County Ball” é o melhor disco da curta discografia do ELF (que foi sucedido por “Trying To Burning Sun” de 1975). O trabalho traz uma mescla perfeita entre o Rock and Roll e o Blues aliados a uma leve conduzida Rockabilly, que resulta numa música prazerosa que chama atenção de início.

A riqueza de arranjos e a boa melodia fazem com que o disco seja um dos melhores de toda a carreira de Dio (ouça e comprove), com direito a coral feminino, mini-orquestra de metais (o que enriquece demais a sonoridade da banda) e um piano encantador em praticamente todas as composições.

Tudo isso sem tirar as guitarras, que apresentam bases e principalmente solos excelentes, um baixo essencial à sonoridade e que complementa uma cozinha insaciável por qualidade. Destaques? O disco todo, mas tente não sair com a faixa título, L.A. 59, a linda e tensa balada Happy e o rockão Do The Same Thing grudado na mente.

A produção de Roger Glover (Deep Purple, ex-Rainbow) casa perfeitamente com a proposta e já previa um futuro promissor com o Richie Blackmore’s Rainbow, já que alguns integrantes da banda integrariam o grupo do mestre da guitarra. Este disco é um clássico essencial na coleção de qualquer apreciador de boa música e que hoje, como se fosse algo de ‘domínio público’, não tem nota que o defina.


Vitor Franceschini


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