quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Fire Strike – “Slaves of Fate”

(2017 – Nacional)
                                   
Shinigami Records                

Os paulistanos do Fire Strike entram para aquela galeria das bandas que se tornaram conhecidas mesmo antes de lançar o primeiro disco. Afinal de contas, a banda fundada em 2005 solta somente agora seu primeiro álbum completo, após lançar demos, EP e splits.

Claro, quando se fala em ‘ser conhecido’ é no meio underground, pois a banda liderada por Helyad Amaro (único integrante da formação original na atualidade) tem certa consolidação no cenário metálico nacional. Por isso, “Slaves of Fate” se tornou um trabalho tão aguardado.

A espera valeu e muito à pena, pois a experiência adquirida com o tempo fez diferença, além do fato de a banda contar com integrantes de gerações diferentes (do grupo), trazendo assim uma aura mais abrangente. Das nove faixas, cinco são inéditas e quatro regravações bem conhecidas do público.

As novas composições mantêm a essência da banda, ou seja, aquele Heavy Metal oitentista puro e simples, com melodia na dose certa, agressividade e levada enérgica. Com um timbre de guitarras bem característico, a sonoridade do disco parece ter viajado no tempo e se adaptado à roupagem atual. Mérito de Andria Busic (Busic, Dr.Sin) que como produtor conseguiu tirar o melhor da banda e alcançar uma sonoridade propícia.

A vocalista Aline Nunes é um dos destaques, com uma interpretação ‘raçuda’ e buscando tons altos sem escorregar. A moça mostra que tem conhecimento de causa e não se faz de rogada ao investir em linhas típicas da época de ouro do Metal. Tudo acompanhado por um instrumental de qualidade e executado com maestria.

Reach For Your Life e a faixa título se destacam entre as novas composições, sendo que as clássicas Master of The Seas, Streets of Fire e Our Shouts Is Heavy Metal já entram com o jogo ganho, pois já são conhecidas do público e garantem a apreciação até de quem ainda não ouviu a banda. Bela e mais que merecida estreia.


8,5

Vitor Franceschini


Nenhum comentário:

Postar um comentário