(2015 – EP – Nacional)
Independente
Como uma banda dessas
ainda está nos porões do underground? Não que isso seja demérito, mas talvez
pelo estilo praticado não estar mais tanto em voga e também pelas tendências
penderem para algo mais simples (mesmo no Metal). Mas é inegável o talento da
banda diante de um Gothic/Doom Metal tão explorado.
Divulgando ainda seu
primeiro EP, lançado há mais de dois, dá pra entender porque a banda ainda
aposta no material. A qualidade nas composições soa rara hoje no estilo, pois o
grupo aposta na forma mais visceral, com peso nas guitarras e um sentimento
obscuro/melancólico que há muito tempo não se ouvia. Típico das bandas de
Gothic/Doom Metal da década de 90.
Há melodia e arranjos
de teclados? Sim, mas nada em excesso ou que apele unicamente pro sinfônico,
algo que acrescente e não se sobressaia, o que é o mais importante. A vocalista
Amanda Lins canta naturalmente, sem excesso e preocupação em soar erudito,
sendo que os guturais/rasgados de William Lira entram em momentos bem
oportunos, tirando um pouco dos clichês do estilo.
Destaque para a boa
produção do trabalho e as faixas Endless
Wait e Seeds of Destiny, essa
última com uma carga emocional de arrepiar o mais cético. Já passou da hora
destes pernambucanos gravarem um debut e que se mantenham nessa pegada, afinal,
muita coisa incrementada tira a essência do trabalho. Muito bom este EP.
8,5
Vitor
Franceschini
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