(2015
– Nacional)
Brutaller Records / Cianeto
Discos / Feed Bizarre Distro / Underground Brasil Distro
E lá se vão quase dois
anos deste lançamento do quarto disco do Vulture, que chega a nossas mãos agora
– antes tarde do que nunca. Este não é o mais recente trabalho do quarteto de
Itapetininga / SP, já que logo depois deste disco, a banda lançou o split “Songs
from the Past / Bloodbath in Promised Land” no mesmo ano de 2015 ao lado do
Mortage.
Não há dúvidas que o
trabalho traz a banda até então em seu melhor momento, soando ainda mais criativa
e injetando a melodia necessária em seu Death Metal tradicional. Mantendo todas
as suas principais características, que se traduzem nas levadas contagiantes e
riffs apocalípticos, onde a banda consegue evoluir, sem deixar suas raízes de
lado.
Quando ler ‘melodia’, o
leitor não pode se confundir com o excesso imposto por bandas de Melodic Death
Metal, mas sim andamentos não tão velozes (isso fica por conta dos riffs),
porém dinâmicos, e aquelas quebradas mais intensas. O peso é grave, mórbido e
odioso, que conta com a ajuda de uma cozinha certeira, com linhas de baixo
potentes e uma bateria que se encaixa perfeitamente à proposta, equilibrando
tudo.
O trabalho é intenso
desde seu início, com composições que vão surpreendendo a cada audição, que
usam como temáticas a filosofia, o niilismo, anti-religião e metaforicamente as
patologias sociais, bem retratadas inclusive nas músicas em português Até As Últimas Consequências e Moderna Escravidão, onde o Vulture prova
mais uma vez que cantar em português não é problema para a banda.
A produção a cargo de
Adauto (guitarra / vocal) e André Xavier (bateria) capta a essência da banda e
soa bem natural. Por fim, um disco furioso, que fica melhor a cada audição e
que faz a gente esperar ainda mais por um novo trabalho, afinal, já está na
hora (risos).
9,0
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário