Por Vitor Franceschini
Vou começar este novo
artigo sendo direto. Se você entrou no meio Metal pensando primordialmente em
dinheiro, você começou errado! Sim, começou errado. Não, não é errado ganhar
dinheiro com Metal, não é errado ganhar dinheiro com nada, desde que seja
honestamente, sem pisar em ninguém.
Tenho visto (e até
participado) de diversos debates (redes sociais, programas de rádio, etc) que
insistem em comparar o Metal com outros estilos como sertanejo universitário,
pagode ou funk. Como 90% das comparações, não têm sentido, afinal de contas,
além de um produto da arte, o Heavy Metal carrega a responsabilidade de ser um
estilo de vida, não se trata de algo direcionado e feito diretamente pra massa.
O Metal é um estilo com
seguidores fieis e dedicados, mas que costumam agir individualmente, por conta
própria, não digere aquilo que a mídia impõe com facilidade e até cria certa
resistência a isso. Não, não é exclusivo do ‘metaleiro’ ou ‘headbanger’ (como
queira) tal característica, mas é um lado bom desse público, que possui uma
grande parcela que sabe discernir o que é o comercial e aquilo feito por paixão
em primeiro lugar (pois há música comercial feita com paixão também). Lembrando
que a questão aqui não é superioridade, mas sim, uma das características de
quem ouve música pesada.
E por que é errado
pensar em grana quando se fala em Metal? Primeiro, por tudo que escrevi acima.
Segundo porque quem faz Metal, faz inicialmente por paixão e em última
instância porque o estilo é estereotipado, inclusive por boa parte de seu próprio
público. Estes serão obstáculos eternos no estilo.
Mas, ganhar dinheiro
com Metal não é nada errado, até há uma indústria da música do Metal mundial
(de certa forma até monopolizada, mas aí é outro assunto), porém ter isso como
prioridade tem grande chance de dar errado. Pelos motivos mencionados e outros
menores. Talvez deva ser uma consequência, afinal, trabalho bem feito tende a
ter reconhecimento e com paciência algo pode vir disso tudo (mas ficar rico
também já é outra história).
Por fim, por isso penso
ser errado entrar neste meio tentando explorar algo, pois é praticamente como o
nosso querido governo faz conosco, cidadãos comuns. Isto é, nos cobram impostos
daquilo que não temos e nem teremos. Então, dentro do Metal, seja você banda,
selo, imprensa, assessoria e afins, tente olhar primeiramente para quem faz
algo pelo estilo como um parceiro, e não como um concorrente (mesmo que este o
seja), afinal, pra quem não tem nada, a metade é o dobro e no Metal isso já é
lucro.
*Vitor
Franceschini é editor do ARTE Metal, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger, e acha que a bancada evangélica é coisa do demo.
Ai sim!
ResponderExcluirBoa!!
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