sexta-feira, 17 de maio de 2019

Odyssey – “The Swarm”


(2019 – Importado)

Independente

Fazer música instrumental não é para qualquer um. Muitas vezes confundem virtuosismo técnico com qualidade sonora e/ou de composição. A técnica apurada e a teoria realmente se destacam se contribuem para o “todo”, não para o individual. Música acima de tudo é arte e “feeling”. Contorcionismo e milhares de notas espremidas em “trocentas” partes, muitas vezes, desnecessárias, tiram a excitação, em especial do ouvinte comum. Cai-se no perigo de se fazer música para músicos. Literalmente é chato para “carvalho”.

Os estadunidenses do Odyssey têm todas as qualidades musicais requeridas. No entanto, nota-se, ao escutarmos “The Swarm”, que arte vem em primeiro lugar!

O trio formou-se em 2007 com a proposta de um tipo de Heavy Progressivo e instrumental, mas sem deixar de lado o peso, que podemos encontrar inclusive nas faixas mais amenas, quando se nota a utilização do silêncio (fica a dica) interagindo com as composições. O foco é na estrutura e nas melodias e não em exibicionismo maçantes.

“The Swarm” é o quarto full do trio. Eles atiram (no bom sentido) para todos os lados!  Opeth, Dream Theater, Porcupine Tree, Necrophagist, Scar Symmetry, The Faceless, Veil of Maya, Mercenary, Born of Osiris, Camel, Rush e The Flower Kings são algumas referências do trabalho.

O mais interessante é perceber a criatividade em meio a tantas informações. Há momentos distintos nas composições. A amálgama produzida não se baseia em limites, mas em bom gosto e expressão de arte pura através da música. Thrash, Progressivo, Tradicional e Jazz se relacionam em perfeita harmonia. Um dos melhores álbuns instrumentais do ano!

Formação: Jerrick Crites: guitarra, Jordan Hilker: baixo, Lukas Hilker: bacteria. Faixas: Infestation, The Culling, Our Days Are Numbered, The Calm Before, The Swarm, Hive Mind, Ether, Perdition, Exiled, The Great Dying, Lapse.


10

Adalberto Belgamo

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