(2019
– Importado)
Independente
Fazer música instrumental
não é para qualquer um. Muitas vezes confundem virtuosismo técnico com
qualidade sonora e/ou de composição. A técnica apurada e a teoria realmente se
destacam se contribuem para o “todo”, não para o individual. Música acima de
tudo é arte e “feeling”. Contorcionismo e milhares de notas espremidas em
“trocentas” partes, muitas vezes, desnecessárias, tiram a excitação, em
especial do ouvinte comum. Cai-se no perigo de se fazer música para músicos.
Literalmente é chato para “carvalho”.
Os estadunidenses do
Odyssey têm todas as qualidades musicais requeridas. No entanto, nota-se, ao
escutarmos “The Swarm”, que arte vem em primeiro lugar!
O trio formou-se em 2007
com a proposta de um tipo de Heavy Progressivo e instrumental, mas sem deixar
de lado o peso, que podemos encontrar inclusive nas faixas mais amenas, quando
se nota a utilização do silêncio (fica a dica) interagindo com as composições. O
foco é na estrutura e nas melodias e não em exibicionismo maçantes.
“The Swarm” é o quarto
full do trio. Eles atiram (no bom sentido) para todos os lados! Opeth, Dream Theater,
Porcupine Tree, Necrophagist, Scar Symmetry, The Faceless, Veil of Maya,
Mercenary, Born of Osiris, Camel, Rush e The Flower Kings são algumas
referências do trabalho.
O mais interessante é perceber a criatividade em meio a tantas
informações. Há momentos distintos nas composições. A amálgama produzida não se
baseia em limites, mas em bom gosto e expressão de arte pura através da música.
Thrash, Progressivo, Tradicional e Jazz se relacionam em perfeita harmonia. Um
dos melhores álbuns instrumentais do ano!
Formação: Jerrick Crites: guitarra, Jordan Hilker: baixo, Lukas Hilker:
bacteria. Faixas: Infestation, The Culling,
Our Days Are Numbered, The Calm Before, The Swarm, Hive Mind, Ether, Perdition,
Exiled, The Great Dying, Lapse.
10
Adalberto Belgamo
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