(2015 – Nacional)
Independente
E os agravantes
problemas que assolam não só o Brasil, mas a sociedade global ao todo, continua
refletindo dentro do underground gerando bandas que se utilizam do caos geral
como temática. Algumas de forma superficial e outras se aprofundando mais e as
declamando de forma inteligente, caso destes mineiros.
Mas, a crise política,
a sociedade hipócrita, a alienação não se reflete somente nas letras da banda,
como também em sua sonoridade raivosa que mescla Thrash e Hardcore (a
princípio) e destila a raiva em forma de música.
Agressividade sem escrúpulos
é uma das principais características da sonoridade da banda, que não se
preocupa muito com técnica, mas não deixa que seu som também caia na ‘tosquice’
pura e simples. Os riffs são de qualidade e brutais, sendo que a cozinha segue
uma linha reta com pegada e velocidade, sendo que inclui algumas quebradas
recheadas de groove.
Enquanto isso vocais
bem encaixados (na escola Pantera, mas com identidade) destilam letras
coerentes abordando os temas já mencionados e que provam que violência em forma
de música é a única que serve. Destaque para Boto Pra Fuder que abre o trabalho de forma propícia, Rede Social e Manifestação.
Um dos principais
trunfos do trio é conseguir fazer um som sem muitas pretensões, mas que não soa
homogêneo. Além de tudo capricharam na produção que ficou num bom nível, com
qualidade acima da média. Nesse momento tão propício, não há trilha sonora melhor.
Mandaram bem na estreia.
8,0
Vitor
Franceschini
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