(2016 – Nacional)
Independente
O cenário underground nacional anda propício para que as bandas explorem os temas sociais, ou melhor, os problemas sociais e isso tem gerado ótimos nomes que utilizam tanto a violência em forma de som como de letras. Estes capixabas são mais um exemplo e o fazem muito bem.
Apostando na mescla de Metal com Hardcore, além de incluir elementos do Hip Hop, o Social Disparity se sai bem em sua proposta. Riffs pesados a esmo dão a tônica do disco, com levadas cheias de ‘groove’ a cargo de uma cozinha densa e muito precisa, além de vocais berrados e também falados.
Como mencionado, o tema das letras aborda o caos social tão comum na vida de nós brasileiros, porém diante disso o grupo consegue também passar mensagens de esperança e incentivo para enfrentar estes problemas. E tudo através de uma música que além de abranger o underground, pode ecoar facilmente na periferia.
A produção do trabalho mostra uma sonoridade natural e orgânica, mas não se prende às características ‘retrô’, mérito de Bob Nielsen e Eduardo Reis que gravaram, mixaram e masterizaram o disco, no Áudio Space Studio, que é de propriedade de Adriano Scaramussa (ex-Siecrist).
O Que Você Vê (com participação de Jobel Rangel da banda Cruld), Suinocído, Desonra (com participação de Peace Garcia da banda Vox) e a excelente mescla de Metalcore/Hip Hop em Os Envolvidos (com a banda La Banca) são os grandes destaques. Música pesada que representa!
8,0
Vitor Franceschini
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