sexta-feira, 11 de maio de 2018

Deep Purple – “Live In Long Beach 1971”


(2015 / 2018 – Relançamento – Nacional)

Shinigami Records

O Deep Purple tinha a Long Beach Arena praticamente como sua casa, por isso se sentia tão à vontade em gravar seus shows por lá, o que gerou alguns ‘bootlegs’ oficiais, como este que contempla uma apresentação da MKII no local em 1971, quando a banda divulgava “In Rock” (1970).

Na apresentação ‘megalomaníaca’, a banda traz um repertório de quatro faixas. Isso mesmo, quatro faixas longas, cheias de improvisações e viagens musicais, típicas do Progressivo que encorpava na época e ganhou espaço nas composições da banda com o tempo.

E quando falamos de composições longas, não se trata de dez minutos, trata-se de alongar músicas que são curtas em suas versões originais. A excelente Speed King vem com mais de onze minutos, assim como a não menos excelente Strange Kind of Woman. Claro que se trata de improvisos sensacionais, afinal, estamos diante de músicos fora do comum.

Child In Time, essa sim quando tocada em shows foi sempre alongada e aqui não era diferente, ganha mais de 20 minutos e recebe além de improvisos, momentos de pura jam. Vale lembrar que Child In Time não é mais tocada pela banda nos dias atuais. A outra que completa o repertório é a excelente Mandrake Root, mal lembrada hoje em dia, e que consta no primeiro álbum “Shades of Deep Purple” (1968), no qual Rod Evans gravou as vozes.

O legal de “Live In Long Beach 1971” é o vocalista Ian Gillan explicando o conceito das ‘novas músicas’ à época, o que nos serve até hoje, mas isso não é o suficiente para o trabalho soar agradável a todos. É bem gravado? Sim. Bem tocado? Claro, é Deep Purple. Mas é um trabalho de colecionador, indicado aos fãs mais ‘die hard’.


7,0

Vitor Franceschini

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