A banda australiana Pegazus surgiu em 1993 e de lá pra cá lançou apenas cinco álbuns de estúdio. Problemas de formação foram um dos principais motivos desse baixo nível de produção. O grupo é liderado pelo guitarrista Johnny Tojcevski e sempre produziu trabalhos de regulares pra bom, como Wings Of Destiny (1997) e Breaking The Chains (1999).
Em In Metal We Trust a banda mantém suas características, com seu Heavy Metal tradicional, simples e direto. Couros e tarraxas se aliam a elementos como riffs simples, muito eficientes, cozinha direta e vocais sem exagerar nos agudos, portanto muito bem encaixados. Aliás, o vocalista Justin Flemming, que já fez parte da banda em seu início, tem um bom timbre parecidos com os de Eric Adams (Manowar) e Joacin Cans (Hammerfall), portanto com ótimas variações e sem soar cansativo.
As letras são cheias de clichês, com toda aquela adoração pelo Metal e afins. Apesar de nada original In Metal We Trust é um bom disco que agrada pela simplicidade, bom nível de produção e execução. As composições mantém certa regularidade e algumas se destacam perante as outras apenas por detalhes.
“Metal Messiah” abre o disco com um riff típico do estilo e soa como um ótimo cartão de visitas. “Old Skool Meta Dayz” possui aquela levada cadenciada que enfatiza as palhetadas de guitarra e coloca o baixo na obrigação de dar o peso necessário à composição, além de um refrão bem clichê, mas muito legal.
“Hauting Me” é a melhor faixa do álbum justamente por fugir um pouco de toda a característica comum das outras faixas. A composição inicia com um clima que você jura ser uma balada, mas, depois de alguns riffs, se torna uma canção com certo nível de peso. Influências de Hard Rock e até AOR estão presentes, principalmente no refrão, sem contar a variação rítmica, na linha Prog Metal, ótima faixa.
“Ghost Rider” traz de volta toda característica típica da banda e beira o Power Metal, pois possui ritmo e riffs mais velozes, além de outro refrão pegajoso. O cover para “Metal Gods” do Judas Priest só não soou mais fiel devido à imposição agressiva que Justin colocou nos vocais, interessante.
Um disco para quem curte o verdadeiro Heavy Metal, como todos seus clichês e paradigmas. Vale a pena conferir.
NOTA 8
Vitor Franceschini
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