AMORPHEAD – CHAOS EXPRESSION – Essa banda italiana pratica um som que poderíamos rotular como Progressive Thrash Metal, já que seu som possui muitos elementos de peso aliados à técnica e um pouco de ‘embramação’. Sim, os caras fazem um ótimo som, na linha do Sepultura e bandas do Thrash noventista, mas exagera em alguns barulhinhos desnecessários que irá fritar o ouvinte menos paciente. Na ótima faixa título, por exemplo, temos quase 10 minutos de duração, portanto menos de 5 de música, pois depois o som descamba para barulhinhos de pingos de água, correntes e lâminas durante 3 minutos para depois voltarem ao Thrash muito bem feito pela banda. Sem dúvidas “Depht” e “Hole” são as melhores composições onde a banda mostra toda sua capacidade e com um som de boas melodias e solos, e, o melhor, sem enrolação. http://www.myspace.com/amorphead
BLOODWORK - DEADBABY IN YOUR BELLY – Esta banda prima em misturar todas as suas influências que são inegavelmente nomes como Cannibal Corpse, Carcass, Obituary e Monstrosity e fazem um Death Metal fiel aos seus princípios, com temas puramente Splatter. Falando sobre canibalismo, terror e morte aliado a uma música tecnicamente perfeita, os caras não são um primor de originalidade, mas fazem com muita competência e conhecimento o som que propõem. Apesar de este ser o primeiro trabalho, o grupo se mostra muito experiente, ainda mais que seus integrantes já fizeram parte de grandes bandas do cenário extremo gaúcho. A faixa título e “Chainsaw Masturbation” se destacam entre as cinco composições do trabalho. O único ponto negativo fica por conta da produção que oscilou um pouco. http://www.myspace.com/bloodworksplatter
CHAOS INC. – LET THE CHAOS BEGIN – O Death Metal apresentado pelo Chaos Inc. soa um tanto quanto diferente das tradicionais bandas do estilo. Os riffs são sujos e muito bem executados com influências de Thrashcore (vejam bem, não confundir com Metalcore), seria um pouco de Dorsal Atlântica faze Straight (1996) com mais peso e técnica. Os vocais de James (também baixista) também são muito interessantes, cantados pra dentro e fugindo do comum do estilo. O peso das faixas são um atrativo a parte e a banda ainda possui certo toque de modernidade (não moda) que deixa o som ainda melhor. Ouça “The Hunter”, onde a banda prioriza o peso e não a velocidade, e veja todas as características que a banda possui, Outra grande composição é “Tormentor” que descamba para o Brutal Death Metal, com uma aula de riffs de guitarra. Completam o time Daniel Koervo (bateria), Zozi e Maicon Alves (guitarra). http://www.myspace.com/ChaosIncExtreme
DARKTOWER – RETALIATION – Espero que este novo single deste grande nome do Metal extremo nacional seja uma prévia do primeiro álbum, pois já passou da hora do DarkTower lançar se debut. Mais uma prova disso é este trabalho que mostra uma banda extremamente entrosada e afiada. O som continua com aquela pegada Black Metal, aliada a muita técnica e bom gosto nas composições. Portanto, o som do grupo não se resume apenas em influências do Metal negro e possui muito dos elementos do Death e do Thrash Metal europeu. São duas faixas que irão agradar a maioria e deixar todos com um gostinho de quero mais. “Retaliation” é uma aula de técnica aliada à vocalizações muito bem executadas, variadas e bem encaixadas. “Blood Down The River” é um pouco mais direta nos riffs, porém, mais épica e melódica, com ótimo trabalho nos solos e cozinha impecável. Que venha o primeiro full-lenght, perfeito! http://www.myspace.com/risedarktower
HELLARISE – HUMAN DISGRACE – Definitivamente as mulheres conquistaram seu merecido espaço na sociedade. Desde jogadoras de futebol, executivas e presidentes, passando por empreendedoras e chefes de família. No Metal o negócio não é diferente, e a prova disso é esta banda paulistana. Formada por Flávia Mornietári (vocal), Renata Petrelli e Aline Fernandes (guitarras), Mirella Max (bateria) e Patrícia Schlithler (baixo), a Hellarise dá uma aula de como mesclar diversos elementos do Metal em uma sonoridade ao mesmo tempo melódica e extrema. Nas primeiras audições o ouvinte vai logo achar que se trata de uma banda totalmente influenciada por Arch Enemy, portanto depois de várias escutadas perceberá que se trata de muito mais do que isso. Apesar da brutalidade das guitarras, o som da banda possui muita influência de Metal tradicional, tanto que as melodias das músicas soam típicas do estilo. Os vocais rasgados/guturais dão uma áurea Thrash/Melodic Death, mas com um clima nada moderno e calcado em nomes ‘old school’ como Carcass e At The Gates. Os arranjos de todas as faixas ficaram muito bons, os riffs e solos de guitarras são simples, mas eficientes, a cozinha deu um peso extra às composições e os vocais se encaixaram perfeitamente ao estilo, ainda mais ao se alternar com vozes limpas da mesma vocalista, ou seja, o mesmo timbre. Pode conferir sem medo! http://www.myspace.com/hellarise
SCARS FROM THE LAST FIGHT – SCREENPLAY – O Metalcore está em voga e causa muitos arrepios nos fãs mais conservadores de Metal. Esta banda se auto-rotula Metalcore, mas sou obrigado a discordar. Ao ouvir este trabalho pude constatar que a sonoridade deste quarteto formado por Diogo Serra (vocal/guitarra), Gabreil Hatoun (bateria), Emerson Oliveira (baixo) e Anderson Emidio (guitarra) vai muito além do estilo citado. O Metal praticado pelo grupo abrange influências que vão do pop ao Thrash mais moderno, na linha de Lamb of God e afins. A produção do trabalho ficou primorosa, assim como os timbres das guitarras que foram muito bem escolhidos. A cozinha dá um show, principalmente a bateria que dá um excelente andamento às composições. A única coisa contra fica por conta dos vocais que soam limpos na maioria das vezes e poderia ser um pouco mais agressivo. O timbre de Diego é ótimo, portanto ele não aproveita tanto os momentos de intensidade do som. São 5 ótimas composições onde se destacam “Promises and Illusions” e “Lies Of True”, belo trabalho. http://www.scarsfromthelastfight.com/
DESTROYED EMPIRE – THE END - Confesso que estava com saudade de ouvir bandas como esta, que faz um som mais ousado como só bandas brasileiras sabem fazer. O Destroyed Empire aposta em uma mescla de estilos distintos como Thrash Metal e Gothic Metal o que gera uma sonoridade que não é original, portanto um tanto atípica. A única faixa que compõe este trabalho possui um clima sombrio na linha Rotting Christ, portanto com vocais líricos femininos que dão um toque todo especial à composição, sem soar meloso. Pena ser apenas uma música, já que as outras duas são ao vivo, uma a própria “The End”, e a produção ficou ruim. http://www.myspace.com/destroyedempire
BLACKTHORNY – PROFANE CROWN OF THORNS – Esta banda possui apenas dois membros, Magnus Hellcaller (todos instrumentos) e Tristenius Von Doom (vocais). Por estes pseudônimos já deu pra sacar que os caras praticam o mais polêmico estilo do Metal, isto é, o Black Metal, e bem. O som aqui apresentado é um misto de bom gosto com agressividade. Bom gosto porque não optaram por uma produção tosca, muito comum em bandas mais extremas do Black Metal e agressividade porque os caras não dão espaço pra firulas. O som deles é cativante e direto, possui técnica, portanto nada de exageros. São 3 composições envoltas por 1 intro e uma faixa instrumental que fecha o trabalho de forma primorosa. A capa do trabalho ficou muito interessante e casou com estilo proposto. Fãs de Dark Funeral e Marduk irão se deliciar ao ouvir os hinos “Black Legions Will Come” e, a mais cadenciada, “March To The Armageddon”. Muito bom! http://www.blackthorny.com/
WARPAIN – HUMAN PUTRID EVOLUTION – O Warpain se auto-rotula Thrash/Death Metal, mas a ênfase dos caras é realmente o Thrash. As nuances com o Metal da morte são poucas, tanto que o som feito pelo grupo é bem na veia da cena da Bay Area. A produção soa um pouco abafada em alguns casos, principalmente as guitarras que só aparecem na cara quando soladas. A variação do som também incomoda um pouco. Mas, estes fatores não tiram o brilho das composições, os cars sabem e muito fazer Thrash Metal. Os destaques ficam por conta de composições mais maduras como “Kill The Dead” e “Divine War”. Este trabalho é original de 2006 e sucede a demos “Beyond The Slaughter” de 2005. Depois a banda não gravou mais nenhum disco, portanto continua na ativa. www.myspace.com/warpain
DESTRUTOR – COERÇÃO PROFANA – Está aí mais uma banda que resgata o som do Metal nacional da década de 80. A sonoridade do grupo se baseia em um Thrash Metal cantado em português com nítidas influências de Dorsal Atlântica e Taurus. A produção ficou a cara da época, não sei se propositalmente, mas os instrumentos estão bem mixados, porém com timbres típicos dos anos 80. Os vocais são quase guturais e tem direito àqueles gritinhos impagáveis, porém comum na época. As letras confirmam ainda mais as influências, pois falam de guerra, ode ao metal e afins. O som pode não ser original, mas cativa do início ao fim, é só ouvir “Calor da Guerra”, “Guerreiros do Metal” e “Portais do Inferno” que o pescoço balança sozinho! http://www.myspace.com/destrutor666
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