sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Resenha de Demos


HARMONY HATE – END’S DESIRE – É gratificante quando nos deparamos com um trabalho deste naipe. O Harmony Hate consegue mostrar em suas composições todos os vestígios que compõem o gênero Death Metal. Em “End’s Desire” elementos do Brutal Death, passando pelo Grindcore e esbarrando no Death Metal ‘old school’ são identificados facilmente por quem admira tanto este estilo que é instransponível perante as influentes porcarias que infestam o som pesado. Riffs brutais, aliados a uma cozinha competente e vocais guturais dão o ritmo neste trabalho que cheira podridão e violência do início ao fim. Não tem muita coisa inovadora, lembrando que o estilo não pede inovação e sim fidelidade à fórmula que o sempre tornou um gênero que possui os mais fiéis seguidores. Nas 4 faixas que compõe o trabalho o equilíbrio impera, mesmo assim “Witness of Annihilation” e a faixa título (que conta com uma produção inferior, pois foi gravada antes das demais) possuem um pouco mais de qualidade do que as outras, devido à pegada mais forte e trabalho instrumental mais bem elaborado. Confira agora! Death Metal victory!!! www.myspace.com/hhatedeath

NUESTRO SANGRE – MASSACRADO PELA GANÂNCIA... ESMAGADOS PELA MISÉRIA- Recebi este trabalho como se fosse um EP de uma banda de Hardcore, portanto devo discordar pelo menos do rótulo. Tudo bem, as letras são típicas do estilo, mas a sonoridade não possui somente elementos dos descendentes do punk. Em “Massacrados...” você encontra um dos mais bem feitos Crossovers da atualidade com vocais thrashcore que lembram uma mistura entre a banda paulistana Siegrid Ingrid e o grande João Gordo. Os riffs de guitarras são diretos, portanto não são tão simples e possuem um peso brutal, assim como a cozinha que emana peso. As letras, cantadas em português, assim como foi citado, denunciam a pegada Hardcore do estilo, mas ouvindo “Fim da Linha” e, a quase Grind, “Liberdade Manipulada” você verá que estamos diante de uma banda com um pé e meio no Metal extremo. http://www.myspace.com/nuestrosangrehc

BOREAL DOOM – Este duo formado por Luiz Mallet (Guitarras, Vocais Limpos e Programação) e Pedrito Hildebrando (Vocais, Baixo e Programação) – ambos integrantes do Vociferatus - lançou dois trabalhos em 2008, sendo que um deles se chama “My Sanity” e o outro é este auto-intitulado. A proposta aqui é mostrar um Funeral Doom Metal com letras depressivas e melancólicas em temas longos e viajantes. O som é para reais amantes do estilo, já que possui características muito particulares que não serão assimiladas por qualquer ouvido. Duas composições compõem este trabalho, sendo que “Mist” é a mais longa, com pouco mais de 10 minutos, e possui uma boa dose de peso mesmo com sua cadência fúnebre e agonizante. “Nebulous Night” parte para um lado mais atmosférico devido às belas incursões de teclado e andamento mais viajante, soando até mais acessível e atraente. Um trabalho que agradará quem aprecia o lado mais soturno do Metal. http://www.myspace.com/borealdoom

UNABOMBER – É pessoal, tem banda de peso na área. Os integrantes simplesmente atendem pelos nomes de Vladimir Korg (vocais, Chakal e ex-The Mist), Paulo Xisto Jr (baixo, Sepultura), André Márcio (bateria, Eminence) e Allan Wallace (guitarra, Eminence). Sentiu firmeza? Pois é, e o som possui exatamente elementos de cada uma dessas bandas transitando entre o Thrash e o Death Metal. As composições, três no total, ainda possuem um pouco de ‘groove’ o que dá um ar de atual à sua sonoridade. “Borderline” soa direta e possui riffs que chegam a soar Speed Metal de tão rápidos, portanto algumas quebradas durante a sua execução ajudam a mesclar influências antigas com atuais, que pedrada. “Buried In My Bunker” segue a tendência veloz, e possui um bom refrão. A cozinha simplesmente arregaça! “The Clown”, o carro-chefe, alterna partes cadenciadas com rápidas sendo a mais trabalhada de todas. Vai dar o que falar! http://www.myspace.com/unabomberfiles

CRIPTA OCULTA – ECOS DOS DÓLMENS ESQUECIDOS – O Cripta Oculta é uma horda portuguesa que já lançou diversos trabalhos entre demos, splits e álbuns oficiais, incluindo aí um posterior a esse que resenharemos. O grupo pratica um Black Metal com temáticas que abrangem desde o ocultismo, passando pelo obscuro e orgulho lusitano, até com alguns elementos da cultura local. O som é muito interessante, mas a gravação não ajuda em nenhum aspecto. Está lá no fundo, tipo aquela fita cassete que já teve milhares de regravações por cima. Isso tira muito o brilho do trabalho, mas ainda assim dá pra perceber as boas intenções e notar que a banda conhece o que pratica. As faixas são longas (dez minuto no mínimo) portanto variam bastante ritmicamente e não soam tão cansativas. O problema mesmo, repito, fica pela gravação, uma pena, pois percebe-se a qualidade e potencial. http://www.metal-archives.com/bands/Cripta_Oculta/64557

TAMUYA THRASH TRIBE – UNITED – Simplesmente matador este trabalho do Tamuya Thrash Tribe. Formada por Luciano Vassan (Guitarra e Vocal) Guilherme Pollig (Bateria) Leonardo Emmanoel (Guitarra) e Alex Tiyug (Baixo), o TTT, apesar do nome, não se deixa limitar ao Thrash Metal. Seu som possui características que vão do Thrash ao Death Metal passando até por Melodic Death e o Metal tradicional. Tudo envolto por uma produção boa e moderna. As seis faixas que compõem o trabalho não priorizam velocidade e possuem peso ímpar. Um detalhe interessante são os vocais de Luciano que soam parecidos com o de Chris Barnes, nos últimos álbuns do Six Feet Under, portanto mais rasgado e menos cavernoso, além de mais inteligíveis. Destaque para a faixa que dá nome à banda com seu ritmo cadenciado e suas ótimas linhas de guitarra, além de um refrão cativante. “Agonising And Insufferable” também possui ótima linha de guitarras e um bom trabalho da cozinha. “Immortal King” mostra ser a mais brutal do trabalho, menos sem soar veloz. Aliás, ficou faltando um pouco mais de velocidade, mas acredito que isso surja naturalmente. Vale a pena conferir! http://www.myspace.com/tamuyathrashtribe/music

DISGRACE SUICIDE – SANTO DE BARRO NÃO SALVA NINGUÉM – Começando pelo fim, a gravação deste trabalho não ajuda em nada mesmo percebendo que esta banda paraense possui talento. Percebe-se o instrumental de ótimo bom gosto, principalmente o baixo na linha NWOBHM. O som é um Thrash Metal calcado em nomes nacionais como Taurus, Vulcano e Explicit Hate. A gravação ficou ruim mesmo, só se ouve a caixa da bateria, o baixo está muito a frente da guitarra e os vocais rasgados idem. Um belo exemplo é aquela sonoridade de guitarra com som de enxame. Espero que numa próxima esse problema seja resolvido (e parece que já foi, pois ouvindo no myspace dos caras as novas composições estão muito melhor gravadas!), pois o som dos caras, pelo que se percebe não tem nada de imaturo, ao contrário da gravação. http://www.myspace.com/disgracesuicideband

SYREN – Mais um time de peso, já que a formação que gravou este trabalho é formada por ex-integrantes de nomes como Unerathly, Thoten, Nocturnal Worshipper, Dust From Misery e Imago Mortis. O trabalho foi lançado em 2006 (já tá na hora de outro hein?!) e, quem pensa que a banda fazia Metal extremo se enganou, mostra uma sonoridade calcada no Heavy Metal tradicional totalmente influenciado por Iron Maiden. Os vocais de Luiz Syren tem o timbre muito próximo ao de Bruce Dickinson, que se você fechar os olhos jura que é o frontman da donzela que tá catando. A diferença fica por conta do instrumental que soa mais pesado e possui flertes com o Prog Metal. O trabalho é extremamente profissional e muito bem feito, nada inovador, mas que não compromete. O trabalho é composto por três ótimas composições “Devilroad” que é a mais influenciada por Iron, “Stay Alive” que possui ótima melodia, um ótimo refrão e belas linhas de guitarra, tanto nas bases quanto nos solos. “The End” possui uma veia Hard/Prog em um ritmo cadenciado muito interessante. Um fator importante foi a inclusão de backing vocals guturais no refrão das duas últimas faixas citadas, o que se encaixou muito bem. Ótimo trabalho, agora que venha novas composições, pois já tá na hora! http://www.myspace.com/syrenband

DUNKLEN WALD – WÄLDER IM DUNKELN – Difícil comentar pois se trata daqueles trabalhos indigestos que você fica imaginanado: ‘será que alguém gosta disso?’. A banda se auto rotula Black Ambiente Metal, mas Metal não dá as caras aqui, pois o som se resume a efeitos (barulhinhos) e melodias de teclado e samplers. Algo para por e deixar rolar, talvez você nem perceba, a não ser que se incomode. A vantagem aqui é que as faixas não são longas, como costuma ser nesses casos. Serviria bem para alguma trilha de algum documentário futurístico, cientifico e afins. Tente a sorte. http://www.myspace.com/dunklenwald

SAKRAH – COLLIDER – Trabalho extremamente profissional, com nível de álbum oficial. Produção gráfica muito bem elaborada, assim como a sonora que ficou muito boa. São cinco composições que soam como Metal influenciado pelo Hardcore novaiorquino, portanto bem trabalhado e flertando com o Thrash Metal. O peso das músicas é a principal características. Dentre os destaques podemos citar “Fight Bar” que possui todo aquele clima hostil, característico do Pantera (aliás, uma grande influência), com boas linhas de baixo e bateria e um ótimo refrão. “When I Fall” também agrada muito com seus riffs matadores e mais um grande trabalho da cozinha. Prontos para o full-lenght! http://www.myspace.com/sakrahband

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