No último domingo, 06 de novembro, foi realizado no Carioca Club em São Paulo o evento em homenagem ao Dia do Metal Nacional, idealizado por Thiago Bianchi (produtor e vocalista da banda Shaman) intitulado Metal Brasil (Edição Power Metal).Como muitos já tiveram a oportunidade de acompanhar aqui no ROCK EXPRESS, a declaração que Edu Falaschi (Almah/Angra) nos concedeu, abrindo seu coração e mostrando seu desapontamento com o público que não apoia o metal nacional, acabou repercutindo por todos os cantos. Independentemente de considerarmos o que ele disse certo ou errado, uma vez que nós como imprensa devemos nos isentar da parcialidade, vou aqui relatar a minha impressão do evento e das bandas que ali se apresentaram.
O banner do evento prometia 6 bandas, sendo elas: Hangar, Shaman, Hibria, Nando Fernandes, Almah e Wizards, mas próximo a data do show a banda paulista Illustria acabou sendo adicionada ao 'cast'.
Com a abertura da casa ocorrendo as 16h, logo as 16h30 o Hangar já subia ao palco para se apresentar diante de um público que devia beirar as 300 pessoas, num local que, de acordo com seu próprio site, comporta 1200. Mas isso não desanimou o pessoal do Hangar que fizeram um show cheio de empolgação e qualidade. A banda, formada por Aquiles Priester (bateria), Fabio Laguna (teclado), Nando Mello (baixo), Eduardo Martinez (guitarra/violão) e André Leite (vocal) abriu o show com 2 músicas do seu álbum “Infallible” de 2009, “The Infallible Emperor (1956)” e “Some Light To Find My Way”, seguida pela excelente “Haunted By Your Ghosts” do seu mais recente álbum “Acoustic, but Plugged In!” e que também se transformou em video-clipe. Após isso, a banda emendou uma seleção com 4 músicas do álbum “The Reason of Your Conviction”, para então encerrar o show com uma versão matadora da clássica “Painkiller” do Judas Priest.
Após um intervalo de aproximadamente 15 minutos, sobem ao palco o pessoal do Illustria, nova banda de Tito Falaschi (ex-Symbols), apresentando músicas que farão parte do seu álbum de estreia (ainda sem nome). Além das composições próprias, o ponto alto do show foi quando Tito, Clarissa Moraes e cia disparam o petardo “Eyes in Flames”, faixa de abertura do álbum “Call To The End (2001)” da sua ex-banda Symbols, quando ainda dividia os vocais com seu irmão Edu Falaschi. Sinceramente, essa música me emocionou e me fez recordar alguns bons momentos do Heavy Metal nacional de anos atrás. Além da “Eyes in Flames”, o show ainda contou com a cover “Aces High” do Iron Maiden.
Depois um hiato de mais de 6 anos, era a vez de vermos o Wizards voltando aos palcos. E para o retorno, a banda formada por Christian Passos (vocal), Charles Dalla (teclado), Fernando Giovannetti (baixo), Leo Mancini (guitarra) e Gabriel Triani (bateria) preparou uma seleção de músicas abrangendo alguns de seus álbuns de maior expressão. A abertura do show ocorreu com “Thunderbolt”, do álbum “Beyond the Sight”, seguindo com “Why” (cover do Helloween) e “Freedom” do debut auto-intitulado Wizards. “Fallen Angels” (por que toda banda tem uma música com esse nome?) do CD “The Kingdom” foi a próxima, que antecedeu a última do show, “Yeshu'a Netsaret”, totalmente cantada em aramaico, presente no último registro de estúdio da banda, “The Black Knight”.
De acordo com a programação, era hora de conferirmos Nando Fernandes com sua nova banda Forward. O show teve uma mescla de alguns covers e músicas próprias compostas por Nando Fernandes e Tito Falaschi. Nando não desperdiçou "drives" com sua voz potente e característica. Esperamos que o primeiro trabalho da banda Forward não tarde a ser lançado, pois é uma banda com grande potencial.
Eis que chega a hora dos gaúchos do Hibria subirem ao palco, banda que desde 2004 vem se destacando no cenário do metal mundial, com turnês por países como Coréia do Sul, Japão, China, Hong Kong, etc. E para quem ainda não os conhecia, depois desse show tenho certeza que se tornaram fãs, sinal disso é no final do evento praticamente não haver mais merchandising da banda a venda, tamanha foi a procura por seus CDs e camisetas. Formada por Iuri Sanson (vocal), Abel Camargo (guitarra), Diego Kasper (guitarra), Benhur Lima (baixo) e Eduardo Baldo (bateria), o grupo praticamente pôs o Carioca Club abaixo com um Power Metal rápido, pesado e empolgante.
Após uma breve pausa, a expectativa era grande para a apresentação da banda Almah, que vem se firmando cada vez mais como banda e não apenas um projeto do vocalista Edu Falaschi. Ao seu lado, Felipe Andreoli (baixo), Marcelo Barbosa (guitarra), Marcelo Moreira (bateria) e Ian Bemolator (guitarrista do Dark Avenger, substituindo Paulo Schrober) apresentaram um setlist recheado de músicas de seu último álbum de estúdio, “Motion”. Durante o show, Edu comentou sobre sua decepção com a quantidade do público presente, inclusive citando que estávamos ali "presenciando o funeral do Heavy Metal nacional".
Enquanto gravávamos a entrevista com o Falaschi, o Shaman subia ao palco com Thiago Bianchi, Fernando Quesada & Cia para fechar a noite de forma memorável, com um setlist formado por clássicos da formação passada, além de músicas dos álbuns “Reason” e “Origins”. Além da participação do percussionista Guga Machado, destaque para a performance de Thiago Bianchi, que mesmo gripado cantou de maneira impecável.
Após pouco mais de 6 horas de ótimas apresentações, chega o momento de ir embora com o sentimento de dever cumprido e orgulho do Metal nacional, com a certeza que esse é um evento que ficará na memória. Parabéns ao Thiago Bianchi e todos da produção pela iniciativa e coragem de torná-lo realidade! Que venham novas edições!
Por João Paulo de Matos Mota
Colaboração – Juliana Gebra
Fotos – Edu Lawless
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