DIVISION HELL – APOKALIPTIKA - O Division Hell foi formado em meados de 2010, quando Ubour (vocal/guitarra) e Renato Rieche (guitarra), ambos do finado Legion of Hate, juntaram forças com Eduardo Oliver (bateria) e Gino Gaier (baixo). É impressionante o vigor que emana das faixas deste trabalho. A cozinha tem um peso absurdo, principalmente as linhas de baixo. O som lembra bastante os holandeses do Gorefest, principalmente pelos vocais de Ubour. Os solos das composições também são muito bem executados. A faixa título abre o trabalho e serve como um bom cartão de visitas, pesada e com uma quebrada surpreendente. “Pray & Cry” é a brutalidade nua e crua, até que, após um minuto descamba para riffs cavalgados, com um pouco de melodia, evidenciando a versatilidade da banda, mais uma vez com ótimos solos de guitarra! Aliás, o trabalho de guitarras é fantástico no disco. “Flesh Blood Desire” não foge à risca e fecha o disco com chave de ouro. Belíssimo trabalho! http://www.myspace.com/divisionhellbrasil
SEVERE DISGRACE – DISCIPLES OF AGRESSION - Thrash/Death Metal moldado em sons antigos do estilo, mais precisamente da década de 80. Isso já impressiona por se tratar de uma formação fundada em 2011. O bom disso tudo é que a produção ficou ok, só um pouco suja e não tirou o brilho dos caras. São três ótimas faixas, onde posso destacar todas, pois possuem elementos ímpar uma em relação à outra. “Evil Possessed”, por exemplo, é a que mais remete ao Thrash europeu, com elementos de Death Metal, na cola de nomes como Sodom e Kreator. “Dark World” segue a mesma tendência, mas já possui riffs mais variados, assim como o ritmo. “Behind The Mask” possui influências do Thrash americano, principalmente nas bases de guitarra. Enfim, as composições se completam e, assim que lapidarem melhor o som, figurarão de vez no cenário Thrasher brasileiro. http://www.metal-archives.com/albums/Severe_Disgrace/Disciples_of_Aggression/322137
NECROMESIS – ENVOLVING TO AN UNDERWORLD – Após o excelente “The Dark Works of Art”, a banda andreense Necromesis retorna com este trabalho que incrivelmente supera a técnica demonstrada no disco citado. É satisfatório poder conferir um disco tão técnico, com composições de ótimo bom gosto, produção cristalina e que, em momento algum, abusa de firula ou soam cansativas. O foco ainda é o Death Metal, com referências que passam pelo Thrash. São uma Intro (um tanto quanto longa) e quatro composições onde fica muito difícil destacar algo devido às qualidades em comum que possuem. Mas não dá pra não citar “Minustah” e sua variação rítmica, elementos e vocalizações muito bem encaixadas. Além da instrumental e peculiar “O Ovo” (isso mesmo). Já passou da hora de lançar algo oficial. http://www.necromesis.com
WARFIRE – IT’S TIME TO WAR – Este trabalho já tem identidade de gente grande, pois foi produzido no Mr. Som, sob a tutela de Marcello Pompeu e Heros Trench (Korzus). A banda foi formada em 2010 e conta com Cerbo Martins (Bateria), Paul Cappotish (Baixo), Gamba Manoel (Guitarra), Andrews Neander (Guitarra) e Loiz Krieg (Vocal). A sonoridade mescla o Heavy Metal tradicional, algo feito na linha do Primal Fear, aliando com toques de Thrash que dão o peso necessário às composições. “Teutonic Pride” é um bom exemplo disso e tem como destaque os belos riffs e solos de guitarras, além da velocidade e do peso imposto. “B.T.K.” já é mais cadenciada e possui solos melódicos de muito bom gosto. “Bang Your Head” retorna com a velocidade e é a que mais se aproxima do Metal oitentista, mas sem soar datada. Os vocais de Loiz é uma bela mistura de vários timbres a lá Phil Anselmo e Ralf Scheepers (sem gritinhos). A cozinha é simples, mas muito eficiente, segurando bem a bronca. Heavy Metal puro e simples! http://facebook.com/warfire.tatui.brazil
INSUMO – TOTAL SILENCE – Grindcore é um estilo peculiar e quando é bem feito merece menção seja em qualquer lugar. O Insumo investe nessa sonoridade e alia a isso a pegada Hardcore. Todos os elementos do estilo estão neste disco, que trás composições brutais, podres e violentas. Extreme Noise Terror e Ratos de Porão (atual) são as maiores referências. Identidade própria e um teor de humor sarcástico impagável são algumas características da banda. Ouça a tirada de pelo com “Starway To Heaven” (Led Zeppelin) em “Stórey Tu Héaven” (sentiu semelhança no nome?) e “1,2,3,4” que chuta longe a merda do Sertanejo Universitário. Um som para destilar a raiva sem agredir ninguém, a não ser os próprios ouvidos! Aprovado! http://www.myspace.com/insumo
RAZONATOR – REBEL PRIDE - A banda Razonator, oriunda da capital paulista, investe em uma sonoridade que está em voga no cenário, ou seja, o Southern Metal. Mas, há muito mais do estilo citado aqui. Referências do Stoner e do Country Rock são latentes, portanto apenas como complemento. “Prayer Of Road” de cara mostra que os rapazes manjam do estilo, com riffs típicos, levada melódica e solos muito bem encaixados, na linha bem rocker. “Train Of Sorrow” se destaca por ser uma interessante balada que, apesar de soar acessível, demonstra um lado mais Hard Rock da banda, com um refrão que serviria para a trilha sonora de um filme da Sessão da Tarde. “Bad Things” é outro destaque que fecha o disco com peso e levada interessante, soando mais para fãs de Black Label Society. A ressalva fica para a gravação oscilante e do vocal, que podem ser mais bem lapidados. Se você é fã do estilo, confira já! http://www.razonator.com/
IRONBOUND – MÁQUINA DA MORTE – Excelente o Crossover apresentado por esse grupo do interior da Bahia. O som mostra uma energia cativante e soa acessível (no bom sentido) pelo fato das letras serem cantadas em português. O interessante que ao averiguar o material pela capa imaginei se tratar de uma banda de Power Metal, no mínimo de Thrash. Mas o som que os caras fazem possui características que unem o Metal ao Hardcore. Isto fica evidente em “Reino Do Terror”, inclusive nas letras. São quatro faixas onde fica difícil destacar uma. Ah! E a produção ficou muito boa, com todos os instrumentos audíveis. Muito bom! ironboundbr@hotmail.com
QUEEN EVIL – BROKEN WINGS – Definitivamente o cenário Metálico nacional não se resume mais ao eixo Rio-São Paulo e muito menos ao sudeste. Pois essa banda magistral vem da longínqua Palmas/TO e faz o seu trabalho de maneira grandiosa que não fica devendo nada aos gringos. O som é um Power Metal com leves pitadas de Prog, feito honestamente e sem soar manjado como a maioria. A começar pelos vocais, que não ficam exagerando nos gritinhos e a variação rítmica das composições agradam e muito. São três ótimas faixas, todas de excelente qualidade, mas a faixa título é o carro chefe, pois define exatamente a sonoridade da banda. http://www.myspace.com/queenevilband
PUTRID GORE – PROMO 2011 – Banda oriunda de Rondônia, que faz um Splatter/Gore com todos os elementos que o estilo impõe. Este trabalho foi gravado ao vivo e a captação não foi das melhores, porém, dá pra avaliar as composições em uma audição mais atenta. O que podemos notar é que a banda não investe somente na podridão nua e crua, pois possuem técnica e faixas muito bem trabalhadas. Em “Carbonized”, por exemplo, dá pra notar que a cozinha não vive só de velocidade, soando quebrada e variada. Os vocais são típicos do estilo e as guitarras ficaram baixas dificultando a avaliação (o que se percebe são os solos bem trabalhados). “The Primitive Tolerance” também demonstra técnica, mas um andamento mais direto. Por ser ao vivo, há momentos desconexos. Acredito que um trabalho em estúdio, cuidadosamente bem gravado, pode colocar o Putrid Gore entre as revelações do estilo. http://www.myspace.com/putridgore
EVISCERATION BLAST – IGNOMINIOUS HUMAN PUTRESCENCE - Fãs da brutalidade deleitem-se com este ótimo trabalho. Capitaneado pelo multi-instrumentista Waldomiro Vitorino (sim, é uma one man band), este trabalho traz tudo o que o Metal extremo necessita. O som é focado num Brutal Death Metal com nuances de Grindcore e uma áurea toda ‘old school’, perfeito para fãs da podridão! São pouco mais de nove minutos de pancadaria aliada à técnica em três faixas que destilam letras de aversão à humanidade, ódio e temas gore. As três composições demonstram maturidade e influências que vão de Mortician a Cannibal Corpse e se entrelaçam perfeitamente dificultando destacar apenas uma. O encarte caseiro e simples prova que bom gosto não é necessariamente escravo da estética perfeita. Muito bom! http://www.myspace.com/eviscerationblast
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