sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

REPULSÃO EXPLÍCITA – “POBRE” – 2011 – Violent Records (Nacional)

Som feito com garra pode ser de qualquer vertente dentro da música pesada que ganha pontos logo de cara. E o caso do Repulsão Explícita é exatamente esse. Além de investir em uma sonoridade não tão habitual hoje em dia (o principal foco é o Crossover), a banda primou em fazer uma produção legal, tanto sonora (a cargo de Ivan Pellicciotti, em O Beco Estúdio) quanto gráfica.

Como dito, o som do grupo é focado no Crossover, mas se engana quem pensa que o negócio aqui é o Crossover comum. O som do grupo possui elementos de Hardcore e Grindcore dando um peso ímpar à sonoridade da banda.

Com letras ácidas, socialmente e politicamente críticas, o grupo prima por fazer muito bem aquilo que se propõe. Logo de cara, em Não Quero Saber a banda demonstra sua raiva e toda sua indignação, que apesar de tudo, traz a sensação de liberdade logo no refrão (‘Não quero saber de porra nenhuma!!!’). O riff, apesar de simples, ficou sensacional.

Apesar das quinze faixas que compõem o trabalho serem de qualidades inegáveis, algumas estão um passo a frente, pelo menos na opinião deste humilde cara que faz esta resenha. Como Consenso e seu peso absurdo. A letra da composição é muito bem sacada e inteligente, assim como a maioria das que compõe “Pobre”.

Pressão agradará em cheio fãs do Crossover mais tradicional, e tem como destaque a interpretação dos vocais de Fernandes e Osvaldo (sim, são dois malucos berrando!). Aliás, completa a formação Juninho (baixo), Luiz Carlos (bateria), Leão (guitarra) e Morto (guitarra).

Outros destaques? Ouçam Atitude E Ação, e sua ‘bela’ levada, a faixa título e Repulsão Explícita. Mas aconselho ouvir todo o álbum, que além de ter como selo a Violent Records, contou com apoio e distribuição de: Cianeto Discos/ Bucho Discos/Underground Brasil Distro/Back on Track Records/Turbulation Prod./Murder Records.

8,5

Vitor Franceschini










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