Pois bem, imagine uma
cena aonde um caminhão (uma carreta de preferência) vem em alta velocidade em
sua direção e em cima do seu nariz ela freia e dela desce um sujeito robusto,
com um boné de aba entortada e apenas um colete (calças e botas, é óbvio), com
um visual careca e de cavanhaque. No som da carreta está tocando exatamente o
que o SuperSonic Brewer executa.
Pois é exatamente a
descrição do parágrafo acima que vem à mente ao ouvir esse trabalho que é o
segundo disco destes gaúchos de Bento Gonçalves. Peso, uma leve dose de
melodia, um pouco de ‘groove’ e uma veia totalmente Rock and Roll são os
elementos que compõem o disco.
Se você imaginou algo
na linha de Pantera ou Texas Hippie Coalition imaginou certo. Mas, com suas
ressalvas, já que o SuperSonic Brewer investe em quebradas insanas e possui um
pouco mais de variação em suas composições. Contrapondo-se a essa
característica temos uma rifferama incessante vindo de guitarras técnicas e
agressivas.
A cozinha é um show a
parte, já que o baixo vai sacudir sua mente sem dó e a bateria de Tim Braun
segue a linha Vinnie Paul sem cerimônias e desce o cacete. Os vocais de Big Dad
Ritch são semi-guturais raivosos que despejam letras que abordam desde a raiva
dita e feita até bebedeiras.
A produção do disco é
um bônus à parte. Nítida e com os instrumentos bem divididos deixou tudo
equilibrado dando ênfase ao peso que o conjunto destila. O belo encarte também
merece pontos. O som é viciante, mas se não tomar cuidado é como se levasse um
pedala do Mike Tyson. Ótimo trabalho!
8,5
Vitor
Franceschini
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