Apesar de atualmente
estar divulgando seu segundo álbum, “Obsessores Espíritos das Florestas
Austrais” (2014), foi o “Despertar dos Chacais...” que colocou o nome do Brutal
Morticínio em voga. Lançado originalmente em 2008, o trabalho foi relançado em
2012 entre uma parceria de diversos selos e com a adição de bônus.
Os gaúchos de Novo
Hamburgo primam por fazer um Pagan Black Metal com algumas influências de Death
Metal e cantando em português. Este debut já deixa bem clara a intenção da
banda e soa muito, mas muito interessante aos amantes do típico Metal extremo
nacional.
Apesar de ser notada
influências do Black Metal escandinavo, principalmente nas guitarras, as
maiores referências aqui ficam por conta da particularidade do Metal extremo
nacional criado no final dos anos oitenta e lapidado no início dos anos
noventa. Mais positivo impossível.
Os riffs se mostram
versáteis, pois ora soam ríspidos como pede o Metal negro, sendo que outrora
pende um pouco para a morbidez. O peso fica por conta da cozinha coesa e direta
que não deixa lacunas. Destaque para faixas como A Eterna Marcha da Devastação, E a Morte Triunfa... e A Longa
Noite dos Corvos (Civilização Cristã), mas confesso que me afeiçoei pelo
álbum de uma forma em geral.
Inclusive pelas bônus
que traz mais duas composições próprias (Evocando
os Espíritos Obsessores das Florestas Austrais e Deusas Névoas das Profundezas), além de um cover sensacional para o
clássico do Amen Corner, My Soul Burns In
Hell. Um trabalho memorável que tem seu lugar no underground guardado para
sempre.
8,5
Vitor Franceschini
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