Direto do Rio de
Janeiro vem o Atomic Bomb, power trio que representa a galera dos coletes
surrados cheios de patches, calça jeans justa e tênis branco ‘Le cheval’. A
banda opta por incluir elementos mais simples em sua música, apostando muito
mais em energia e velocidade.
De primeira o Thrash
Metal do grupo soa rústico e agressivo, mas a banda alia a isso uma pegada e
objetividade Punk. Se engana quem pensa que a sonoridade se assemelha a um
Crossover, pois o que ouvimos é algo mais odioso, menos reto, porém cheio de
raiva e rancor.
A criatividade do
Atomic Bomb, que despeja riffs diretos e não dá espaço pra solos, também fica
por conta das letras cantadas em português. Os temas abordam desde mensagens do
underground até certos protestos se utilizando de boas metáforas, mais uma
forte influência do Punk.
Das oito composições,
quatro delas não ultrapassam os dois minutos, mostrando que a banda é direta e
sem frescuras, sendo que os refrãos são os grandes destaques, trazendo aí uma
leve influência do Motörhead. Ênfase para as faixas Metal Selvagem, Speed Metal 666 e Livre Pra Pensar.
A gravação priorizou
também algo bem cru, mas que ainda ficou embolado, sendo que o vocal de Renan
Carvalho (também guitarrista) ficaria muito melhor e mais visceral sem o efeito
que colocaram. Esses são os únicos pontos negativos que podem ser repensados no
próximo trabalho. De qualquer forma, uma estreia bacana!
7,0
Vitor
Franceschini
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