Os fãs sempre se doem
quando é dito que o Power Metal anda desgastado e sua fórmula não tem mais por
onde ser explorada. Eles podem até ter razão, pois vira e mexe aparecem
talentos que conseguem dar uma ‘re-upada’ no estilo e criar coisas de alto
nível. Mas que isso tem se tornado cada vez mais raro é fato.
Estes argentinos do
Deus X Machina é um bom exemplo disso. Apesar de não inventarem nada, conseguem
seguir a cartilha com entusiasmo e depositando todos os elementos necessários,
além de incluírem elementos do Prog Metal, hoje tão comumente mesclados com o
Power Metal.
Todos os clichês se
fazem presentes e há quase nada de inovação, porém a banda não copia ninguém e
impõe suas doses de características nas nove composições aqui encontradas.
Guitarras virtuosas com bases e solos sólidos, uma cozinha pesada com a bateria
explorando os dois bumbos em velocidades alternadas, além de um vocalista que
canta muito bem e não exagera na sua interpretação são os grandes trunfos do
quarteto.
Além disso, as linhas
de teclados são fundamentais na sonoridade da banda, o que acaba gerando
arranjos excelentes e certa suavidade que contrasta com o peso. Outro ponto
forte são os refrãos marcantes, fator que é muito importante e torna as
composições empolgantes.
A produção é outro
fator preponderante já que mostra um ótimo trabalho a cargo de Diego Rugiero no
Studio Thirteen, o que é algo fundamental para o gênero. Vale lembrar que a
banda canta em inglês, já que na Argentina muitos optam por cantar na língua
pátria. Absolute Reality e Under The Clouds são os destaques, além
do cover para Eye of The Tigger do Survive, que não ficou melhor que a
original, mas deu uma cara própria da banda.
8,5
Vitor
Franceschini
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