Algumas bandas
transmitem honestidade e talento de longe. Esse é o caso do Dirty Grave, banda
oriunda do interior paulista, mais precisamente Orlândia, e que logo em seu ano
de fundação (2013) já soltou seu primeiro trabalho.
Se enveredando pelos
caminhos do Doom Metal clássico, o trio formado por Mark Rainbow (vocal/baixo),
Victor Bergy (guitarra) e Arthur Assis (bateria), bebe firme na fonte de Black
Sabbath, Candlemass e seus derivados, e ainda impõe sua característica nas
quatro composições aqui encontradas.
Com destaque para a
técnica do guitarrista Bergy, a banda destila todos os clichês do estilo, com
andamento cadenciado e clima fúnebre, tendo linhas de baixo pulsantes e uma
bateria que segue o que a cartilha pede. As temáticas místicas são cantadas por
Mark de uma forma que poderia ter um pouco mais de garra, mas mesmo assim não
compromete tanto.
O que realmente
compromete aqui é a produção que ficou muito baixa. Os instrumentos são
audíveis, mas somente dando certo grau no volume e isso faz com que a banda
perca alguns pontos, já que é tão fundamental o peso no Doom Metal. Isso faz
parecer que a banda não possui tanta energia, mesmo diante de tanto talento.
Porém, não é nada que não possa ser reajustado num próximo trabalho.
7,0
Vitor
Franceschini
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