Parece que demorou mais
para sair esse debut do que realmente foi a espera. Afinal, o Rattle se manteve
prolífico desde sua fundação e este debut ficou na fila durante 6 anos apenas.
Antes a banda lançou um EP, Split e participou da coletânea Hellstouch, da qual
foi selecionada para lançar um CD pela Shinigami Records.
Eis que aqui está o tão
sonhado full-lenght destes baianos que têm ‘sangue nos olhos’. A mescla do Thrash
com o Death Metal aqui soa um tanto quanto atípica, pois a banda ainda
incrementa em suas composições elementos do Metal tradicional, dando um
diferencial considerável à sua música.
Diferentemente de
formações mais diretas do estilo, o Rattle busca uma postura mais burocrática,
variando em andamentos e dando um instrumental mais intrincado às músicas. Mas,
o leitor deve ler burocrático como algo positivo aqui, pois não se trata de
algo cheio de ‘embramação’, mas sim de uma música não muito direta que não
aposta apenas em velocidade.
Não bastasse a técnica
estabelecida, o vocalista Val Oliveira urra como poucos nos dias atuais. Com
linhas inteligíveis, seu gutural é imponente e pode assustar os menos
desavisados. Destaque para as faixas The
Embodiment Of Evil, Call of Duty e a ‘progressiva’ The Dark Cult, dentre as 11 ótimas composições.
É importante mencionar
a qualidade da produção de Marcos Franco no Revolusom Studio que conseguiu
captar a essência da banda sem deixar o som modernoso demais. Melhor que a
encomenda (sem ser pejorativo com os lançamentos anteriores), “Tales of the
Dark Cult” é um debut que saiu na hora certa e honra o nome do Metal baiano!
8,5
Vitor Franceschini
Muito obrigado pelo belo review!!
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