Este duo croata se
formou no ano passado e já soltou esse ótimo disco de estreia. Apesar do visual
carregado e sangrento, o Death Metal imposto pela dupla Ivan Kovačević Kova
(vocal) e Slobodan Stupar (guitarra/baixo/bateria/vocal, ex-Bloodhunt) não é
dos mais soturno e mórbido, portanto despojado.
Afinal, além de
carregar influências do Death Metal sueco, a banda ainda incorpora elementos do
Death n’ Roll e até do Hardcore. Sim, o som é agressivo e pesado, mas não
possui um clima denso e o ritmo é dinâmico sem mudar muito o andamento, algo
comum quando se trata do tradicional Metal da morte.
Isso fica evidente na
trinca sequencial de Grob, Mud e Kraj que mostram levadas rápidas,
guitarras com leves doses de melodias (principalmente nas bases/solos) e uma
cozinha bem reta. A veia ‘rocker’ e Hardcore aparecem, por exemplo, em faixas
como Pills que chega a ter um ritmo
na linha Motörhead.
O Hereza aposta em
letras cantadas em inglês e em sua língua pátria abrangendo temas típicos do
Death Metal como misantropia, morte e caos humano. A produção é boa, só merecia
um pouquinho mais de grave e volume. Destaque também para as faixas Obješen, Unholy Flame of Eternity e Misanthrope.
8,0
Vitor
Franceschini
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