Se não tem bom humor
pode pular essa resenha. Afinal, apesar de fazer um Death/Grind sério e brutal,
o Serrabulho se utiliza de temáticas extremamente sacanas e pornogore. É como
se fossem os Mamonas Assassinas do Metal extremo (tanto que os caras mencionam
o falecido grupo de Guarulhos como influência, pode acreditar), pois os caras
até se caracterizam.
“Star Whores” (que belo
título) parodia em termos líricos contos infantis, blockbusters da década de 80
e tudo o que puderem ‘chacotear’. Mas, o que impressiona mesmo é capacidade
criativa da banda de conseguir soar pesada e mesclar isso com passagens
engraçadas, tornando o som curioso e empolgante demais.
E os caras mostram
técnica com riffs interessantes e bem elaborados (aliás, o timbre da guitarra
de Paulo Ventura é de tirar o chapéu). Mas o destaque é a cozinha com o baixo
de Guilhermino Martins pesando seriamente e o baterista Ivan Saraiva se
mostrando um monstro da precisão.
Um show à parte, os
vocais de Guerra mostram uma versatilidade impressionante passando pelo
gutural, pig squeal, grunhidos e rasgados. Aliás, o frontman ainda conta com
apoio de coros bem engraçados que parecem retirados de filmes infantis (ou
adultos?).
Por fim, o disco ainda
conta com uma produção de ponta que dá mais qualidade ainda às músicas que
possuem uma boa variação de andamentos. Destaque para Pornocchio, Testicular Torsion e Vaseline. Lembrando que há participação especial do Bento (da banda
brasileira Os Capial) na singela faixa Caguei
na Betoneira. Você pode procurar por bandas pesadas e engraçadas,
semelhantes até, mas igual ao Serrabulho será difícil achar.
8,5
Vitor
Franceschini
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