Primeiramente é bom
deixar bem claro que o Verfault é um projeto experimental, ou seja, não veio
pra se encaixar em padrões pré-estabelecidos e muito menos soar comercial. Em
segunda instância, o trabalho aqui é feito por um único músico, no caso Leandro
Cefali de Souza Carvalho que fez tudo aqui desde a composição, execução e
produção geral.
O músico auto-intitula
seu som como Philosphic Metal, e utiliza uma técnica única que se baseia em
anular em 100% os repiques na caixa de bateria. Esta técnica resume em
transferir todos os repiques da caixa para o prato de condução, além de
harmonizar melhor com os solos de cordas que compõem este estilo, não ocasiona
a quebra e sim a intensificação da melodia.
Aos não músicos
(principalmente bateristas) a sonoridade pode reter mais atenção ou passar
despercebida, mas mostra algo diferente. As seis composições transitam por
estilos mais ‘comuns’ dentro do Metal, sendo eles o Black Metal, Dark Metal com
elementos do Avantgard e Ambient Music.
O clima das composições
é soturno e as músicas não possuem as tradicionais estruturas, o que as tornam
um tanto quanto burocráticas para os menos acostumados. Isso passa longe de ser
ruim, já que as linhas são executadas com qualidade, apesar de certa desconexão
(não se sabe se proposital) em alguns momentos.
Os pontos fracos ficam
pelo vocal ‘sussurrado’ que cansa durante a audição (são seis faixas que não
são longas) e a produção um pouco abafada que tirou um pouco do peso. Mas, o
resultado final é interessante e apreciação do disco aumenta quanto mais se o
ouve. Trabalho ousado!
7,5
Vitor
Franceschini
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