Impressiona a qualidade
destes franceses com seu Post-Black Metal, estilo que não é de fácil digestão.
Este é o primeiro disco do quinteto e logo de cara a arte gráfica do digipack
chama atenção por sua diferenciação de cores e atiça mais ainda a curiosidade
em ouvir o que ali contém.
Com uma aura que mescla
angústia e euforia, o disco começa avassalador com a faixa Avalanche, que faz jus ao nome. Intensa, ela abre uma cratera para
que o ouvinte possa descer ladeira abaixo (no bom sentido) e desfrutar de uma
sonoridade atípica, mas muito interessante.
Durante as seguintes
composições, principalmente Appât e Mélas | Khōlé, a banda mantém o nível,
com guitarras ríspidas que se alternam com passagens mais ‘Ambient’ com
dedilhados e momentos mais viajantes. A partir da sua metade o disco dá uma
acalmada, mas não perde em qualidade, soando apenas mais burocrático.
Como o leitor pôde
perceber, a banda opta por cantar em sua língua pátria e os vocais são
simplesmente a cereja do bolo do trabalho, já que os berros são insanos mesclando
influências de Hardcore com Sludge (ouça a faixa Houle e comprove isso, chega a dar agonia). Destaque também para Hypoxie.
Projetado e produzido
pela própria banda, “Æther” possui uma sonoridade de alto nível e ao mesmo tempo
orgânica, que se encaixa perfeitamente à proposta do Deluge. Este debut é
simplesmente uma das melhores surpresas de 2015, principalmente pra quem
procura algo diferente e mais emocional.
9,0
Vitor
Franceschini
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