sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Peia Braba/Pigstein/Hierarchical Punishment – “Burning The Tyranny” – Split - 3 Muthafuckas Distro/Repugnant Distro/Distro Zombie/Violent Records (Nacional)

3 Way Split trazendo bandas com propostas diferentes, porém tendo algo em comum: a podridão! Enquanto o Peia Braba vem do Amapá, o Pigstein é do Pará e o Hierarchical Punishment é do litoral paulista. A desgraceira corre solta aqui e os mais fanáticos da música underground irão se deleitar.

O Peia Braba abre o disco com 18 faixas sendo 3 delas covers para Disrupt, Agathocles e Brujeria. A proposta da banda é um Grindcore rançoso, que não dá espaço pra brincadeiras. Rústico, o som da banda se destaca pelo vocal mezzo gutural mezzo pig squeal de El Matón. A bateria programada deu a liberdade de a banda se utilizar várias vezes de velocidades subumanas. A produção é boa e a faixa Valentão Virtual só pelo nome é impagável.

O Pigstein se esforça, mas a gravação não ajudou a performance dos caras aqui. Muito abafada, ela é o destaque negativo e quase põe o jogo a perder. No que se consegue analisar, o trio paraense investe em um Grindcore mais variado que tem até elementos de Thrash Metal (principalmente nas guitarras). As quebradas bruscas é o grande diferencial da banda.

O Hierarchical Punishment conta com Luiz Carlos Louzada (Vulcano e outros) na bateria e mostra uma mescla interessante de Death Metal ‘old school’ com Grindcore. A banda, que tem mais de 20 anos de estrada, destrói nos ‘blast beats’, mas as quebradas com levadas mais cadenciadas, como pede o Metal extremo das antigas é o que chama atenção.

Com um trabalho gráfico muito legal, apesar de simples, alguns deslizes aqui e ali (que são normais nesses formatos de lançamento) e uma aura do verdadeiro underground, “Burning The Tyranny” é um trabalho bacana que merece atenção dos verdadeiros apoiadores da cena.


7,5


Vitor Franceschini

Um comentário:

  1. A Resenha sobre o Hierarchical Punishment está errada, se tivesse lido o encarte saberia que o Louzada toca bateria nas músicas novas, além de ter sido incluído a primeira demo da banda que conta com outra formação, sem falar no cover do ENT (Deceived) que também completa o setlist.
    o antigo baterista Grell é o atual guitarrista.
    Fora isso tudo certo!!!

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