E o Paraná, com intensa
colaboração de sua capital Curitiba, tem se mostrado um ótimo celeiro de novas
bandas de Metal em geral. Além de nos ter revelado nomes clássicos como Amen Corner,
Muder Rape, Dragonheart, entre outros, o estado tem se mostrado prolífico nos
últimos anos.
O Rage Darkness é mais
um fruto oriundo da capital paranaense e prima, além de tudo, por qualidade. “Engine
of Misanthropy” é o primeiro disco da banda e consegue mostrar bem a proposta
do grupo, que antes havia lançado dois EPs – “Silent War” (2009) e “Trial of
Hate Deluxe EP” (2010).
O início deste debut
pode confundir o ouvinte (principalmente nas duas primeiras faixas Morphine e Fear of Change) o levando a uma esfera que abrange o Melodic Death
Metal, mas o Rage Darkness é mais que isso. O som criado na Suécia é um dos
focos da banda, mas eles vão além e aliam influências de Metal moderno e Gothic
Metal em suas composições.
A banda incorpora bem
suas características (pelo menos a proposta) à partir de Virus, a primeira música que chama atenção com uma mescla e
arranjos muito bem encaixados. Aliando peso e suavidade, vocais guturais com
limpos (masculinos), a banda consegue soar atual e ainda nos revela composições
de altíssimo nível como Behind Your Eyes,
Trial of Hate, Silent War e Engine of
Misanthropy, sendo essa última o ponto alto com seu belo riff e levada
fechando com chave de ouro o trabalho.
A produção a cargo de Alexandre
Cegalla no Bunker Studio atende as expectativas (poderia ser um pouquinho mais
polida, pelo estilo proposto) e a arte da capa é outro ponto positivo, mérito
do renomado artista Jean Michel (Ragnarok, Incantation, etc). Ótima estreia,
ótima proposta.
8,5
Vitor
Franceschini
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