Quando lançou seu
primeiro EP auto-intitulado em 2012, a banda paulistana Tempo de Cinzas se
tornou uma grande promessa do Metalcore. Com este debut a banda se torna uma
realidade e faz frente aos grandes medalhões do cenário nacional atual sem se
esforçar muito (no sentido de ‘propósito’).
O que temos em mãos é
um trabalho que, além de seguir a cartilha do estilo, adota medidas próprias e
ainda adiciona mais peso, além de diminuir nos convencionais tons acessíveis e
melodias. Impressiona como o Tempo de Cinzas evoluiu e se tornou ainda mais
raivoso sem perder a essência que apresentaram em seu primeiro registro.
Mais uma vez a banda
trabalhou com Adair Daufembach na produção, e não há do que reclamar da
qualidade do disco. É importante ressaltar que atingiram um nível que condiz
com a realidade atual, mas a banda soube medir bem e não forçou na
pasteurização de seu som.
O primeiro grande
destaque são os potentes vocais de Douglas Moreira que urra bastante e não dá
muito espaço para cantos mais limpos, fato que a maioria das bandas do estilo
exagera e se perdem. As bases de guitarras estão bem elaboradas, mas os solos
melódicos e cheios de ‘feeling’ são os grandes destaques - ouça Instinto
Primitivo, por exemplo.
Claro que a cozinha não
fica muito atrás e mostra uma coesão e precisão acima do normal, principalmente
nas linhas densas de baixo e pegada de bateria. Além da já citada faixa Instinto Primitivo, Cúmplices do Inimigo e Pesadelo
se destacam. Vale destacar as letras inteligentes que abordam temas do
cotidiano. Como diria minha avó, o Tempo de Cinzas estreou com o pé direito!
8,5
Vitor
Franceschini
Foda!
ResponderExcluirSem sombra de dúvidas uma das bandas mais incríveis do Brasil! Ótimo álbum!!
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