Dificilmente, quem
entende de um estilo e, obviamente, saiba tocar algum instrumento erra quando é
algo bem específico. Afinal, o Crotch Rot (aroma pungente oriundo da região do
púbis genital característico de quem tem doença venérea em progressão) é
formado por amantes do Grindgore.
Apesar de despojada,
sarcástica e bem humorada, a banda leva a sério a execução das composições e,
como dito, mostrando conhecimento de causa. Após a assustadora introdução de Orgia de Crackudo (um Funk carioca de
dar náuseas), o que vemos é podreira pura. Guitarras mórbidas diretas e sem
frescuras, sendo a cozinha reta e eficiente e vocalizações típicas com incrementos
e efeitos bem engraçados.
A produção de Fabio
Gorresen (Zombie Cookbook) traz qualidade à sonoridade, se encaixando bem com a
proposta. Mas, as letras são o ápice do grupo. Obviamente ininteligíveis, os
temas abordam muita pornografia, sarcasmo e afins, o que pode assustar os mais
sensíveis.
Interessante ressaltar
a variação rítmica e a inclusão de batidas secas e riffs cavalgados em algumas
composições como a metafórica Mérito
Calcinha. Ainda temos como destaques a faixa título e Porn Tube e sua pegada Hardcore. Antes que chamem a banda de
sexista temos duas mulheres na formação que comanda a parada: Cynthia (guitarra,
ex-Terrorgasmo) e Angela (baixo, Necrose). Completam o line-up atual Muringa
(vocal, ex-Furúnculo Anal) e Leonardo (bateria) – sendo que o ex-baterista
Magno gravou o material.
8,0
Vitor
Franceschini
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