“Apokaliptika”,
primeiro EP dos curitibanos do Division Hell lançado em 2011 já deixou a deixa
do que poderia vir pela frente. O fato é que este debut “Bleeding Hate” saiu
muito, mas muito melhor que a encomenda, sendo que os motivos o leitor vai
saber nas linhas abaixo.
Potencial é o que a
banda já demonstrava. O fato é que o primeiro full-lenght conta com uma enorme
evolução em termos gerais. Desde a produção, passando pela coesão dos músicos e
senso de composição, até o resultado final. O Death Metal do quarteto
paranaense é requintado, com classe e brutal!
Ainda há algo raro nos
dias de hoje. Apesar da conotação para um estilo que oferece pouco a ser
explorado atualmente, o Division Hell consegue soar diferenciado. Ao mesmo
tempo em que sua música soa moderna, ela não é tendenciosa, sendo que ao mesmo
tempo em que é brutal e agressiva, ela não é forçada.
Com uma produção
límpida e polida (guardadas as devidas proporções), temos em “Bleeding Hate”
guitarras bem trabalhadas desde os riffs potentes até os solos com doses
pequenas de melodia, além de uma cozinha potente que dita o ritmo versátil das
músicas. Tudo tendo vocais maravilhosamente urrados e imponentes, praticamente
inteligíveis soltando letras apocalípticas e visionárias.
Como destaque as faixas
Army of the Dead, World Khaos que conta com participação
da figura emblemática de Mano Mutilated (ex-Hecatomb, Imperious Malevolence) e
possui um refrão bilíngue que ficou show, a intensa The Last Words, Waiting for
the Exact Time que é precedida pela instrumental Bleak (o que ficou magnífico) e a cadência ultra-pesada com
influências Thrash Metal de Crossing the
Line. Simplesmente um dos melhores discos de Metal extremo de 2015.
9,5
Vitor
Franceschini
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