Foram nove anos desde o
debut “Agregados Onimodos Malditos” (2005) que é um bom trabalho e brutal.
Mesmo com lançamentos (um EP e um single) entre os trabalhos digamos
‘completos’, é de se surpreender como o Ressonância Mórfica manteve sua
essência.
Digamos que em
“Mapinguari” a banda soa mais polida e versátil, mas manteve sua característica
de forma estupenda. Enfim, a caminhada na linha tênue entre o Grindcore e o
Death Metal segue em frente e impressiona como a banda consegue fazer isso com
facilidade.
O primeiro alerta é: na
primeira audição parece um trabalho comum aos ouvidos, bom, mas comum. Ledo
engano, “Mapinguari” não é um trabalho indigesto, pelo contrário, talvez o
ouvinte o engula sem ao menos mastigar. Mas, é aí que está. A cada ouvida se
descobre algo mais e passa-se a apreciar ainda mais o disco.
Sem dúvidas as maiores
referências (leia bem: referências) são Napalm Death e o Benediction de início
de carreira. Ou seja, bebem em fontes clássicas. Mas, a característica própria
está presente e fica na alternância de ritmos, sendo que a sonoridade não perde
peso nem mesmo nos momentos mais cadenciados.
Riffs pesadíssimos,
cozinha agressiva e vocal urrado (com passagens rasgadas) compõem o trabalho,
sendo que a banda ainda adota um clima mais soturno que de costume no estilo,
além de impor doses homeopáticas de melodia. Melhor ainda é o fato de a banda
optar pelo português e abordar temas sociais com inteligência. Aprovado!
8,5
Vitor
Franceschini
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