Foram 4 longos anos de
espera desde o lançamento do genial “The Loneliest Loneliness” (2011), debut da
banda que expôs a qualidade do quarteto catarinense de forma super positiva e
marcando território desde o início. Mesmo com o lançamento do EP “Dynamite”
(2013), este segundo disco do Sodamned foi muito esperado devido à força e
musicalidade do debut.
Talvez o ímpeto do
primeiro disco fizesse com que a banda trabalhasse sobre pressão neste novo
disco, mas não transparece isso. Afinal, apesar de manter a essência e
características que demonstraram desde sempre, o novo trabalho traz sua própria
identidade e no mínimo atendeu às expectativas.
A união entre o Death e
o Black Metal se faz presente mais uma vez, mantendo o clima épico e ritmos
variados. A massa sonora imposta pela banda surpreende, mesmo sabendo do
talento dos caras em poder atingir tal nível. Tudo com uma produção de ponta a
cargo de Roger Fingle e da própria banda no estúdio Nitro.
Enquanto temos uma
cozinha densa, onde ritmos semi-cadenciados em clima de guerra se alternam com
mais velozes e brutais, as guitarras servem como uma muralha de riffs e certa
dose de melodia que diferencia a sonoridade imposta, incluindo nos solos
encaixados com perfeição.
O trabalho vocal é
outro grande trunfo da banda, já que enquanto o guitarrista/vocalista Juliano
Régis urra magistralmente, os vocais insanos e rasgados de Felipe Gonçalves
(baixo) auxiliam nas vociferações. Estas linhas ainda contam com participação
de Marcelo (Battalion) em duas faixas: Noise
of Rain on the Roof e For All and
None.
Falando em
participações, Fernando Nahtaivel (Insane Devotion, ex-Reverennce) é o
responsável pela ‘intro’ no disco. A arte gráfica ficou a cargo de Gustavo
Sazes (Krisiun, Arch Enemy). Além da já citada For All and None, ouça The
Killing, Dynamite e a blasfema Oração
à Virgem (cantada em português). Mas, ouça tudo.
10
Vitor
Franceschini
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