(2015
– Nacional)
Independente
Não tem explicação a
banda curitibana Sad Theory não ter tido um reconhecimento maior no cenário
nacional. Afinal, desde o seu primeiro disco “The Lady & the Torch” (2002)
a banda se mostra à frente no Progressive Melodic Death Metal, tanto
musicalmente como nas letras. Não bastasse a falta de um melhor reconhecimento,
a banda sofreu dois hiatos que, felizmente, não impediram o grupo de manter uma
carreira regular.
Em 2015, o atualmente
trio formado por Cláudio "Guga" Rovel (vocal), Alysson Irala
(guitarra, baixo e bateria programada) e Daniel Franco (baixo) lançou este
quinto disco e provou ainda mais que o grupo é realmente diferenciado e não se
dá por satisfeito tão fácil.
Dando sempre atenção às
letras, a banda desta vez trouxe uma temática conceitual, e trouxe como base uma
escala utilizada em Oncologia (Karnofsky), que descreve a jornada de um
indivíduo desde sua saúde perfeita até a lenta instalação da enfermidade e a
chegada da morte. O tema tem total ligação e contribuição da chegada do
baixista Daniel, que é médico.
Falando da parte
instrumental, a banda está tinindo. Mantendo sua característica de unir melodia
com técnica, os tradicionais trabalhos de guitarras inspirados no Heavy Metal
tradicional continuam ali, porém mais versáteis, sendo que a cozinha conta com
linhas de baixo independentes e uma bateria bem encaixada que ajudam na
variação rítmica que é o forte de “Vérmina Audioclastia Póstuma”.
Outro ponto forte do
disco é a emoção que circunda as faixas, algo que só cresceu com a manutenção
das músicas cantadas em português, já que a banda optou por isso desde o disco
anterior, “Descrítica Patológica” (2012). Sem contar que a cada audição uma
dúvida paira sobre quais faixas são melhores no disco.
De qualquer forma é
importante destacar Algofobia, Karnofsky
70 - 41 (Ícaro), Vilipêndio Afetivo e Karnofsky
40 - 0 (Êxito Letal) que chamam atenção desde a primeira audição. A
gravação, mixagem e masterização no Funds House Studio só colaboraram com a
qualidade. Com certeza um dos melhores discos nacionais de 2015!
9,5
Vitor
Franceschini
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