(2016 – Nacional)
Shinigami
Records
Há dez anos os alemães
do Van Canto surgiram com uma fórmula inovadora cantando covers tradicionais de
nomes como Metallica, Iron Maiden, Manowar e outros à cappella. Chamando
atenção imediata dos fãs, logo começaram a lançar álbuns mesclando sons
próprios e covers.
A fórmula foi cansando
um pouco já que covers diferenciados, tocados e/ou cantados com forma/instrumentos
diferentes deixa de ser novidade e o artista tem que se virar (lembra do
Apocalyptica?). No caso do Van Canto também pelo seu Power Metal à cappella não
ser muito impactante, a banda tem sempre que dar um extra e os shows suprem
isso (são muito legais!).
Mas, neste seu sexto
álbum, o grupo tenta se reinventar e consegue dar um passo à frente. Afinal,
dispensa os covers, aposta numa Metal Opera e adota linhas vocais mais intensas
que contam com a ajuda do London Metro Voices e do coral infantil da
Chorakademie Dortmund.
Partindo para um lado
mais sinfônico, o grupo destila um Power Metal emotivo, com muito sentimento e
com passagens interessantes. Os arranjos feitos por voz (guitarra, baixo,
teclado) já não chamam tanto a atenção, mas interessante como a banda consegue
manter a sonoridade densa mesmo sem o peso de instrumentos tradicionais.
Não que isso faça
diferença, mas para este redator o Van Canto soava mais interessante nos
covers. Porém, “Voices of Fire” traz um conceito diferenciado e uma proposta
interessante. Com uma produção de qualidade incontestável, o disco agradará em
cheio a fãs de Power e Metal sinfônico. Vale destacar as narrativas de John
Rhys-Davies, além de faixas como Dragonwake
e The Bardcall.
8,0
Vitor
Franceschini
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