(2016 – Nacional)
Cemitério Records
Quem sabe do assunto dificilmente
decepciona, e o caso do Dicephalus é exatamente este. Capitaneado por
Marcosplatter Teixeira (ex-Regurgimentação Necrovaginal Sangrenta), um perito
no assunto Death Metal, Splatter e Goregrind, o projeto é a mais nova
empreitada do multi instrumentista.
O que temos neste debut
é a nata da podridão, afinal, encontramos elementos do que há de mais sujo e
repulsivo dentro do underground (no bom sentido, é claro). Pra melhorar,
Teixeira destila influências que vão desde os medalhões do estilo como Carcass
de início de carreira, passando por nomes como Mortician, até mitos do Splatter
nacional como Flesh Grinder, porém, tudo com uma característica própria bem
definida.
As bases agressivas não
dão estrutura exatamente para ‘blast beats’ sem fim. Afinal, apesar de investir
bastante na velocidade, o Dicephalus se sai muito bem em momentos cadenciados e
duas das melhores faixas possuem essas passagens: Individual with a Rash Torassic Tumors and Swelling Profilation of
Enzyme-Coagulated Slowly Merged into Spasms e Diagnostico Patological (a única com letra em português), esta
última com umas quebradas e viradas interessantíssimas.
Não se pode deixar de
mencionar a excelente Chronic Neisseiria
Vaginal, além da ótima produção de André Diniz no Elite Estúdio que dá
outra cara para um tipo de som que geralmente deixa este quesito em segundo
plano. O Dicephalus está de parabéns pela qualidade do trabalho proposto, assim
como de resgatar um estilo que não anda e nunca andou tanto em voga, mas que
possui muita qualidade e um público fiel.
8,5
Vitor
Franceschini
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