(2016 – Nacional)
Heavy Metal Rock
Pra se ter uma ideia da
qualidade do Hagbard, banda oriunda de Juiz de Fora/MG, o grupo já marcou
território com o debut “Rise of the Sea King” (2013), sendo considerado um dos
principais nomes do Folk Metal nacional. Aí veio o EP “Tales of Frost and
Flames” (2015) e consolidou os fatos, lembrando que antes disso a banda lançou
uma demo e um single.
Sendo a prova de fogo,
este segundo álbum “Vortex to an Iron Age” chega para provar de vez o status do
grupo e não faz feio. Passando por cima de todos os obstáculos, afinal o Folk
Metal hoje entra em certa estagnação, a banda consegue soar muito bem, variada
e longe do senso comum do gênero.
Claro que o disco traz
os clichês do Folk como os instrumentos típicos (flauta, acústicos e afins) e a
temática voltada à fantasia e história antiga, mas o Hagbard consegue unir a
isso peso e agressividade que fazem muita falta nos principais nomes do estilo.
A variação tanto rítmica quanto do clima das músicas é outro fator que ganha
pontos à banda, sendo que há músicas em que o grupo consegue transmitir
obscuridade, sendo que em outras o clima mais alegre soa preponderante.
Equilibrando bem as
doses agressivas dos riffs de guitarras, o clima épico se alia bem e não soa
exagerado nas composições. A cozinha faz bem sua lição, auxiliando no peso e
mostrando coesão, sendo que a versatilidade nas linhas vocais com foco no
gutural, mas apoio de limpos e inclusão de femininos é a cereja do bolo.
A produção falha um
pouco na falta de naturalidade, mas não compromete no resultado final e é acima
da média, lembrando que o disco foi gravado na cidade natal da banda com
mixagem e masterização mais uma vez a cargo de Jerry Torstensson no Dead Dog
Farm Studio em Säffle (Suécia). Ouça inteiro e inclusive perceba a semelhança
da introdução de Last Blazing Ashes
com a melodia de Raabjørn speiler
draugheimens skodde (Dimmu Borgir). Muito bom.
8,5
Vitor
Franceschini
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