(2016 – Split – Nacional)
Cemitério Records
Muito comum nos gêneros
mais extremos e bizarros do Metal, os splits são adorados (principalmente) pelas
bandas de Goregrind, assim como pelos seus fieis seguidores. Uma porque dá pra
rachar os custos de prensagens às vezes até de gravação, outra porque as composições
são curtas e cabem muitas numa ‘bolachinha’.
Aqui temos duas bandas
que representam bem o Goregrind. A que abre o disco é a francesa Disgorgement
of Intestinal Lymphatic Suppuration (D.I.L.S.) e que não perdoa na podridão.
Com uma sonoridade doentia e pouco variada, o trio destila um Goregrind tão ‘desgracento’
que chega a beirar o Noise em alguns momentos de tanto barulho.
A produção do trabalho
poderia ser um pouquinho melhor. Mesmo que a banda tenha optado por uma
sonoridade mais tosca, as guitarras poderiam estar mais à frente, assim como a
bateria que é programada, mas prima pela naturalidade e não influencia
negativamente. Destaque para a faixa Psychotic
Ulceration e para a surpreendente bônus M.U.E.R.T.E..
Do outro lado, ou
melhor, depois vem a Putrefuck que une México e Espanha, e aposta num lado mais
fiel ao estilo. Com uma produção um pouco melhor e variação rítmica, a dupla Putrefuck
is Shitter (vocal/guitarra/baixo) & Adrian (bateria) soam melhores e mais
agradáveis aos ouvidos resistentes.
Com guitarras
devidamente distorcidas a esmo, dando um ar putrefato às composições, a banda
alterna momentos mais lentos e outros de pura e doentia velocidade, resultando
numa música patologicamente destruidora. São quinze hinos que vêm das
profundezas do underground e irá agradar fãs de Death Metal, Grind, Splatter e
derivados.
“Blood on the Road /
Supreme Ancient Rottenness” tem todos os requisitos que um bom fã da música
extrema exige, mesmo com alguns percalços. Fato é que o sujeito que consegue
sentir cheiro de podre quando ouve uma música deste ‘naipe’, aqui não terá seu
olfato enganado.
7,0
Vitor
Franceschini
eita desgraceira...
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