(2015
– Nacional)
Hellion
Records
Para a felicidade de
muitos, a Hellion Records
trouxe para o mercado nacional este trabalho que prova que o Queensrÿche vive
uma de suas melhores fases pós-momento de glória da banda (essa história todo
mundo já sabe).
Afinal, quando a banda
se livrou de Geoff Tate e reformulou seu line-up com o álbum auto-intitulado de
2013, conseguiu botar os pés no chão e apresentar composições de qualidade
novamente. Tal fato não acontecia de fato desde “The Promised Land” (1994),
isto é, quase há 20 anos.
Michael Wilton
(guitarra), Eddie Jackson (baixo) e Scott Rockenfield (bacteria) – integrantes da
formação clássica da banda – resgataram a essência do grupo e ainda conseguiram
se aliar a ótimos músicos como Parker Lundgren (guitarra) e o vocalista Todd La
Torre.
O resultado é mantido
em “Condition Hüman”, onde a banda acentua o peso de seu antecessor, mantendo
as linhas Heavy/Hard/Prog do grupo. Porém, ao mesmo tempo em que soa mais
denso, o novo trabalho traz uma linha mais acessível e de fácil assimilação,
talvez pelo fato de contar com bons refrãos praticamente em todas as
composições.
Guitarras bem timbradas
engrandecem as músicas, que contam com linhas clássicas de baixo, soando
sofisticadas e que se aliam a uma bateria versátil, o que gera um instrumental
equilibrado e de muito bom gosto. Porém, Todd La Torre rouba a cena com sua
interpretação rica, esbanjando a mescla entre técnica e feeling, mostrando que
foi a escolha certa.
Arrow
of Time, Guardian, Toxic Remedy, a balada Bulletproof e a faixa título são os
grandes destaques. Mas, há também as boas letras que abordam o ser humano em si
de forma bem inteligente e uma belíssima capa que representa bem o contexto do
disco. É, o Queensrÿche tinha alguém atrapalhando.
8,5
Vitor
Franceschini
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