(2017
– Nacional)
Rising
Records
Primeiro trabalho
destes potiguares de Mossoró/RN, ”Whocantbenamed” foge dessa premissa de debut
depois de apenas uma audição. Afinal, trata-se de um disco que, além da
qualidade das composições, mostra uma banda coesa e experiente, além de muito
segura no que propõe.
A proposta da banda é o
Death Metal, porém o grupo não se fecha apenas nas limitações impostas pelo
estilo. Além do mais, a banda adota uma veia mais moderna nas levadas das
composições, além da produção, trazendo também influências do Hardcore e do
Thrash Metal.
Essa mescla acaba
gerando um Metal extremo de grande qualidade, com uma pegada violenta e peso no
mesmo nível. As guitarras em afinação baixa enfatizam esse peso, enquanto a
cozinha opta por injetar boas doses de ‘groove’, mesmo diante de várias
passagens velozes com direito a ‘blast beats’.
Por falar em bateria, Vicente
Andrade, além da precisão e batida forte, injeta um pouco de viradas tribais, o
que mostra ainda mais a versatilidade da banda. Tudo tendo a frente vocais
guturais que destilam temas caóticos que atacam a sociedade e a religião sem
piedade e com convicção.
A produção de Cássio
Zambotto é mais uma prova de que o Brasil atingiu o nível do que ouvimos vindo
de fora, pois soa muito acima da média, equilibrada e condizente com a proposta
da banda. Ouça o álbum inteiro que vale à pena, mas se tiver pressa coloque Hopeless e Hatred pra ficar ciente da destruição.
8,5
Vitor
Franceschini
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